terça-feira, agosto 21

Outras notas do RVM 2007

A prova foi pródiga em noticias, e situações, que ainda não tive tempo de explorar. Apesar de já ter passado um "tempinho" deixo algums notas relevantes retiradas de alguns media, e outros que são pessoais.
- O Shakedown da prova voltou a se realizar na zona da Matur no entanto o parque de assistência foi no Porto Novo, substituindo a zona inferior à pista do aeoroporto. Saindo de uma zona típica e propícia para a captação de imagens (por baixo dos pilares), no Porto Novo a acessibilidade estava melhorada, e o cotnacto com os concorrentes facilitado. O único ponto negativo resultada do muito pó levantando pelos concorrentes.
- A dupla da Peugeot Total, Bruno Magalhães/Paulo Grave, averbou o melhor tempo no shakedown (1:52,0) levando a melhor sobre os dois Fiat Punto Abarth oficiais, de Giandomenico Basso e Andrea Navarra, com 0,7 e 1,6 segundos de vantagem, respectivamente. O melhor concorrente, não S2000 foi Renato Travaglia que levou o Mitsubishi Lancer EVO IX ao quarto tempo, ex-aqueo com o melhor representante da Peugeot Espanha, Nicolas Vouilloz. Simon Jean-Joseph foi o melhor classificado entre as viaturas do Agrupamento de Turismo, com o Citroën C2 S1600, fechando o top ten, deixando a concorrência dos S1600 madeirenses a mais de dois segundos. O melhor representante local foi Bernardo Sousa que em estreia do Mitsubishi Lancer EVO IX, demostrou a sua habitual irreverência.
- Os dois Honda Civic Type-R R3 fizeram a sua estreia em Portugal. Barulhentos quanto baste, Dani Solá e Luca Betti mostram que os carros japoneses podem ser competitivos. As performances do shakedown fizeram supor que disputariam lutas interessantes com os melhores S1600, no entanto, tal não se verificou, mas com evolução quem sabe. Ao mesmo tempo foi reiterada a ideia que a Honda aposta na classe R3, e não na criação de um S2000 como antes foi avançado.
- A não presença de Vitor Sá no Shakedown do Rali Vinho Madeira valeu-lhe uma multa de 800 Euros. No fundo acabou por ser o preço a pagar por passar a utiliza um motor cedido pela formação oficial da Abarth (aparentemente a cedência do motor só se verificaria após o shakedown, para previnir eventuais problemas).
- Também José Pedro Fontes teve de trocar de motor no Shakedown. Um parafuso no volante motor partiu-se e como medida de precaução a equipa decidiu mudar o motor.
- Foram muitas as caras conhecidas que acompanhavam a prova. Um dos "grupinhos" interessantes era composto por Armindo Araújo, Armando Oliveira, Pedro Meireles, Pedro Mendes Gomes, Paulo Primaz e Nuno Rodrigues (navegador de PMG), que apesar de ausentes não deixaram de verificar as prestações de outros concorrentes. Rui Madeira também esteve presente na Madeira para acompanhar de perto o rali. Quase certa está a sua presença no Rali da Catalunha com um lancer Evo IX da AR Vidal.
- Renato Travaglia foi o mais rápido na Super-Especial do Rali Vinho Madeira, batendo com o seu Mitsubishi Lancer Evo IX, magistralmente conduzido, toda a armada dos S2000. Basso, Vouilloz e Magalhães ocuparam as posições seguintes tendo os quatro primeiros ficado separados por 0,6 segundos.
- A pretensa candidatura do Rali de Portugal ao IRC tem gerado alguma polémica, com a organziação alguns media madeirenses a acusarem o ACP de tentar desviar o IRC para o Rali de Portugal. De momento o Rali Vinho Madeira tem um contrato por mais dois anos que obviamente pretende manter. Contudo, o ACP afirmou na altura que a posição do Rali Vinho Madeira estaria sempre salvaguardada, pelo que a polémica não tem razão de existir.
- Para o Rali Vinho Madeira foram acreditados mais de 80 jornalistas internacionais, o que prova bem o interesse que a prova despertou a no estrangeiro.
- Lamberto Jardim, responsável pela segurança, teve uma excelente atitude no gancho do Santo da Serra. Sem arrogância nem prepotência, Lamberto Jardim falou educadamente e com inteligência para o muito público presente do lado de fora da curva, conseguindo levar a bom porto as suas intenções quanto à colocação de alguns espectadores. Um exemplo a seguir.
- No cruzamento do Poiso, no troço de Terreiros, a organização tomou uma excelente iniciativa, ao aproveitar os diversos triângulos desse cruzamento para fazer uma chicane no meio do troço, que proporcionou um excelente espectáculo. Mais um exemplo a seguir por outras organizações.
- Bernardo Sousa chegou a surpreender, ao liderar entre os concorrentes nacionais. Só que mais uma vez acabou fora de estrada. A sua enorme claque de apoio, com camisolas a dizer "Força Bébé", teve que recolher mais cedo a casa. Infelizmente, e dado as últimas prestações, o despiste foi um resultado inevitável, e quase dado como adquirido. A acidente não teve consequências piores apenas por sorte, uma vez que alguns ramos de árvores chegaram a perfurar o veículo, muito próximo dos seus ocupantes, principalmente do navegador Paulo Babo.
- A Peugeot Portugal resolveu prestar uma homenagem a Carlos Barros, pela sua dedicação e mérito ao serviço da equipa de Ralis, que já leva 30 anos. A homenagem ocorreu na quinta-feira, ainda antes da Super Especial, no Parque de Assistência. Como "prenda" final o segundo lugar de Bruno Magalhães, foi a "cereja em cima do bolo".
- Foram apenas 10 os pilotos que voltaram ao Rali Vinho Madeira ao abrigo do Super-Rali. Andrea Navarra foi para a estrada apenas para fazer alguns testes de pneus em asfalto, preparando as próximas provas do IRC, pois nem chegou a sair do parque fechado na primeira etapa.
- Vitor Lopes optou por não continuar em prova nesta 2ª Etapa quando o seu Citroen C2 S1600 estava em perfeitas condições. Foi a maneira que o piloto arranjou para protestar contra a organização face à ordem de partida que tinha para a estrada no 2ª dia. Assim, a sua participação no Campeonato Madeirense acabou na primeira etapa do RVM. Relembro que a participação de Vitor Lopes na prova esteve condicionada pelo "folhetim" que foi a venda da sua viatura.
- Mais uma vez a Antena 3 da Madeira esteve irrepreensível no trabalho de acompanhamento que desenvolveu no decorrer no Rali Vinho Madeira, contando com a colaboração de muitos ouvintes que vão dando importantes indicações directamente dos troços. Mas como não há bela sem senão, infelizmente, e uma vez mais a ligação pela net não esteve ao melhor nível, pois com quebras frequentes na ligação, devido ao elevado número de internautas ligados o acompanhamento fora da região foi complicado. Como alternativa as transmissões da PEF e TSF Madeira estiveram disponíveis e apesar de sem o brio da Antena 3, fizeram uma cobertura completa.
- A equipa Peres Competições teve mais uma fim-de-semana para esquecer. Fernando Peres desistiu por duas vezes no mesmo rali, e Francisco Tavares voltou a não ter sorte na prova madeirense. Depois de ter sido assistido por uma equipa médica, devido a uma quebra de tensão, o piloto despistou-se com o EVO IX, não dando possibilidade aos mecânicos de recuperarem a viatura a tempo da 2ª etapa, abandonou a prova.
- Enrique Garcia Ojeda penalizou 1m10s na segunda etapa do Rali Vinho Madeira. 20 segundos dessa penalização foram perdidos na assistência a substituir a caixa de velocidades e os restantes 50 segundos foram na estrada onde o piloto teve que concluir o trabalho. Chegou a pairar o espectro da desclassificação, porque o espanhol teria recebido ajuda ilegal, mas como tal não se provou, Ojeda foi mesmo o 3º classificado.
- Os projectos da equipa BPN Amarante estão indefinidos. Se por um lado antes do RVM, responsáveis da equipa afirmaram que o futuro passa por evoluir em 2008 para o novo Subaru Impreza WRX. Após, e tendo em conta as prestações menos conseguidas, face à demais concorrência já era afirmada a necessidade de encontrar soluções para as três provas (de asfalto)que faltam disputar . Para o Rali Vinho Madeira, Nuno Barroso Pereira teve que recorrer ao aluguer do carro de Luís Pimentel para efectuar a prova, depois do seu Impreza ter ficado muito danificado no Rali dos Açores.
- O site do Rali Vinho Madeira é um exemplo do que deve ser um site de divulgação de um rali. Comunicados, fotos, notícias, tempos, e muitas outras informações, estiveram permanentemente disponíveis antes e durante o rali. Sem dúvida um exemplo a seguir por outras organizações do Nacional, porque o que está no site www.ralivm.com não é difícil.
- Existem alguns pilotos madeirenses que planeam no futuro a participação no regional a bordo de viaturas S2000. São os casos de Alexandre Camacho e Filipe Freitas, ambos demonstraram interesse no Peugeot 207, mas só avançaram se existir aval dos patrocinadores. À boca pequena os nomes dos irmãos Miguel e António Nunes também são apontados como potenciais investidores numa viatura S2000 - passando a Olca a ter 3 viaturas dessa categoria.
- O polaco Tomaz Czopick esteve na Madeira pela primeira vez, a bordo de um Fiat Punto S2000 da Nocentini. Não passou despercebido à maioria dos espectadores a inscrição no bancos do piloto referia-se a Miguel Fuster. Efectivamente, a viatura em questão é usada no campeonato espanhol pelo dito piloto, e a única disponível pelo preparador para esta prova.
- Bernd Casier apareceu na Madeira com a equipa Peugeot Belux Kronos referenciado como um piloto muito rápido. Não confirmou totalmente esse estatuto, no entanto travou uma luta feroz com Corrado Fontana, que durou aé à última especial da prova (com vantagem para o belga). A título de curiosidade a matricula do Peugeot belga era IRC 207 - numa alsuão ao modelo da viatura e à competição que disputa.
- Após a prova, a crónica de Vítor Calisto deixou os adeptos madeirenses a beira de um ataque de nervos. Numa das suas últimas crónicas o Dr. afirmou que (e passo a citar) "Fantástico como no site do IRC a prova PORTUGUESA está referenciada com a bandeira azul e amarela da região autónoma, que ainda só não se demarcou do verde e vermelho da bandeira mãe, porque todos nós temos de trabalhar para pagar o preço da insularidade, de uma ilha que a única coisa que produz é turismo e bananas pequeninas e com sarampo, que servem unicamente para reencher os cofres dos alguns dos senhores que continuam a extravasar prepotência". Apesar de seguida se redimir com "Porque realmente o Rali Vinho Madeira é uma prova extraordinária, numa ilha extraordinária, com uma extraordinária organização e que infelizmente não tem culpa de ter nas suas fileiras alguns extraordinários prepotentes." Se as afirmações em provas anteriores já tinham deixado o estatuto de persona non grata na região, depois disto, o melhor foi afirmar que foi a última participação na Madeira. Com esta crónica junta-se ao Eng. Sócrates na lista dos "Mais Detestados" na Madeira.
- Marco Cavigioli voltou a estar em destaque... não pela sua prestação, que diga-se em bono da verdade ficou aquém do esperado, mas pelas acompanhantes com que se fazia acompanhar nas verificações. A fase "An Island of Exellence" andou nos olhos do muito público presente no local.

Sem comentários: