quarta-feira, fevereiro 28

Guerra de pneus

Uma das medidas aplicadas na presente temporada do WRC foi a implementação de um único fornecedor de pneus. Para 2007 a única proposta veio da BF Goodrich, sendo óbvio que esta seria a marca escolhida – dado que a Pirelli não manifestou interesse em participar.
Surpreendemente, o Conselho Mundial da FIA, reunido em Paris, decidiu nomear a Pirelli para fornecedor oficial de pneus para o WRC de 2008 a 2010. Esta “obrigatioriedade” de usar “calçado” Pirelli só aplica-se aos veículos de quatro rodas motrizes que disputam o mundial oficialmente.
O responsável da BF Goodrich já veio a público contestar a escolha do seu rival. Manifestaram estranheza pela escolha, referindo que na última época, em confronto directo, demonstraram ter argumentos competitivos, para além do apoio dos construtores presentes no Mundial. Por isso é natural que o responsável de BFGoodrich tenha terminado o seu discurso desta forma: " Apesar de tudo a marca BFGoodrich foi eliminada com base em critérios desconhecidos mas que nada têm a ver com o desporto."
Em apenas dois anos a Michelin (usa a filial americana BF Goodrich para Ralis) viu-se afastada das duas principais competições mundiais. A Bridgstone é fornecedora única na Fórmula 1, e agora entra a Pirelli para o WRC.
À quem especule que o sucedido no GP F1 EUA de 2005, onde apenas seis carros disputaram a prova porque os pneus Michelin não resistiam à prova, foi determinante para a exclusão do construtor francês pela FIA.
Já agora fica a curiosidade:Uma das mudanças regulamentares para 2008 passa pela proibição de pneus de “mousse” anti-furo, e presumivelmente uma borracha mais dura, para maior durabilidade e resistência. Isto promove o aparecimento de maior número de furos, mas também poderá aumentar o espectáculo, com a redução dos níveis de aderência.

Leia Mais

terça-feira, fevereiro 27

Mas que grande Des"Organização"

A primeira prova do Campeonato Nacional de Ralis ficou marcada por muitos casos organizativos que mancham a imagem do Targa Clube.
As primeiras críticas recaíram sob a escolha do piso e da altura do ano, nomeadamente, pisos em terra enlamendos no Inverno, que torna as viaturas praticamente inguiáveis. Depois (tomei conhecimento graças à Crónica do Dr. Vítor Calisto) ao aditamento que “obrigava” os concorrentes a se apresentarem na escadaria da Câmara Municipal da Póvoa do Lanhoso, de fato de competição, para uma foto de família. Algo que a maioria não compareceu. A partida não tinha sido registada, e já a prova era marcada por este insólito.
Mau mesmo aconteceu depois. Alguns concorrentes enganaram-se no percurso da primeira Super Especial de Póvoa do Lanhoso, nomeadamente, passaram ao lado de chicanes, e conforme o regulamento foram penalizados em três minutos. Ora os pilotos que foram penalizados alegaram problemas de travões para tal facto, e as penalizações foram retiradas... no final da prova. O que levou à situação ridícula: António Rodrigues foi um dos concorrentes que se enganou no percurso e com a penalização de três minutos imposta acabaria na 5ª posição. Vítor Pascoal ao chegar ao final do Rali estava na terceira posição, chegou a subir ao pódio para comemorar e o carro seguiu para as verificações. Foi um telefonema que informou a equipa de verificação que afinal o terceiro classificado foi António Rodrigues, e que a penalização inicial tinha sido retirada. A equipa Pascoal/Barbosa sente-se lesada uma vez que disputou a prova com a percepção que estava no terceiro lugar, e no final viu-se ultrapassada... por uma despenalização.
Mas a Organização encarregou-se de desorganizar ainda mais a prova. O caso do rali acontece à saída do parque de assistência de Vieira do Minho, na passagem para a segunda ronda do rali. No controlo de saída foi dito aos quatro primeiros concorrentes na estrada – Bruno Magalhães, José Pedro Fontes, Enrique Garcia Ojeda e Vitor Sá, para seguirem directamente para o troço de Salamonde, pois a especial de Anissó tinha sido anulada, devido à falta de condições de segurança.
A directora da prova, Berta Batista, decidiu anular o troço de ligação, mas o fez através de palavras, e não por adtamento, como manda o regulamento, tornando a decisão vinculativa. Foi o navegador José Pedro Silva que alertou para pelos regulamentos, os concorrentes devem passar pelo controlo de passagem em Anissó, e depois tomar o caminho alternativo no roadbook para o controlo seguinte em Salamonde. Ao deparar-se com o erro, Berta Batista dá nova ordem para que os concorrentes passem primeiro pelo controlo de Anissó e só depois seguissem para o troço seguinte.
Acontece que os quatro primeiros pilotos na estrada não passaram pelo controlo horário de Anissó, e sem um aditamento que o diga, os concorrentes não cumpriram o trajecto do rali. Reconhecidamente um erro da organização, nomeadamente da directora, as equipas não ficam ilibadas de não terem reparado no erro.
Alguns pilotos quiseram apresentar protesto, nos trinta minutos regulamentares a que têm direito, e lhes foi dito pela Organização que o tempo permaneceria “congelado” até final da prova. Na altura que lhes foi indicada quando quiseram apresentar o protesto ao Colégio de Comissários Desportivos, foram informados que o tempo já tinha passado, mesmo quando o cheque já tinha passado e um documento com seis páginas já estava redigido.
Com a”ausência” do protesto, a classificação final foi oficializada. Relembro que se o protesto fosse aceite, Bruno Magalhães, José Pedro Fontes, Enrique Ojeda e Vitor Sá seriam desclassificados, alterando por completo a classificação final.
Foto de Rali Online

Leia Mais

segunda-feira, fevereiro 26

Rali Torrié: 1ª vitória de Bruno Magalhães

Dificilmente a Peugeot Portugal poderia voltar à competição ao mais alto nível com um resultado melhor. Bruno Magalhães e Paulo Grave superiorizaram-se de forma contundente, sem dar reais chances aos adversários. A preparação da equipa, os numerosos testes, e uma viatura fiável, permitiu uma excelente adaptação aos pisos enlameados. Atacou nos primeiros troços do rali, e soube controlar no final. Para quem acompanhou a prova o resultado final está longe de ser uma surpresa, e a menos que os adversários respondam rapidamente Armindo Araújo já encontrou um sucessor.
No final do rali, a equipa José Pedro Fontes / Fernando Prata em Fiat Punto S2000 rendeu-se ao óbvio - não conseguiram acompanhar os rivais da Peugeot. Tendo em conta o hitórico do modelo em 2006, e ao facto de já ter provas dadas, a derrota no primeiro round toma proporções um pouco assutadores, uma vez que nunca estiveram em posição de reclamar a liderança. O Rali de Porugal servirá para confirmar se este terá sido um resultado atípico.
A principal surpresa da prova residiu na obtenção do terceiro lugar por parte de António Rodrigues / Jorge Carvalho em Mitsubishi Lancer EVO IX. A equipa da MyRoad Motorsport optou por uma toada rápida, no entanto primou pela espectacularidade. O resultado é tanto mais valorizado quanto a enorma quantidade de rivais com viaturas semelhantes, o facto de ter penalizado na super especial de abertura por ter enganado no percurso, e por conduzir uma viatura alugada, uma vez que não tinha o Toyota Corolla S2000 pronto para a primeia prova. Foi uma prova memorável para este concorrente.
O quarto lugar ficou na posse de Vítor Pascoal, que teve na regularidade o ponto estratégico. Sem exageros levou o Subaru Impreza aos lugares cimeiros. Ricardo Teodósio acabou numa positivo quinto lugar. A prova do piloto algarvio, marcada pelo regresso de Paulo Primaz como navegador, teve o mérito de abrir com uma vitória na SE, mas o receio de arriscar nas primeiras especiais, anulou as hipóteses de um lugar no pódio.
O espanhol Enrique Garcia Ojeda, que estreava o Peugeot 206 RC de Grupo A, voou baixinho, alcançando o sexto lugar, na frente de um espectacular Pedro Leal, que pela terceira vez consecutiva, consegue por o Fiat Stilo JTD nos lugares pontuáveis.
De regresso a um quatro rodas motrizes, Vitor Sá aproveitou o facto de sair entre os primeiros, quando as condições de terreno eram favoráveis, para realizar alguns bons tempos e fechar o lote de pilotos que chegaram aos pontos. Foi notória a evolução do piloto em terra, mas continua a apresentar algumas dificuldades aos demais adversários.
Numa luta de Mitsubishi's, o açoreano Ricardo Moura levou a melhor sobre Valter Gomes. Já Nuno Barroso Pereira colocou o Iimpreza WRX na frente de MEX, que se estreava num 4x4 - EVO IX.
Um dos principais animadores do CNR, Fernando Peres teve uma prova infeliz. Com reais aspirações ao pódio (porque à vitória seria quase impossível), o piloto que ostenta o patrocínio da Região Autónoma dos Açores foi vítima de uma saída de estrada, que o atirou para fora dos lugares cimeiros (acabou em 15º).
A prova ficou marcada por muitos abandonos, alguns deles motivados por despiste, como foram os casos de Carlos Guimarães, que caiu de uma ravina com o Lancer EVO VIII, de Luís Cardoso, Francisco Barros Leite, Pedro Rodrigues e Ricardo Costa. De salientar também os abandonos de Conrad Rautenbach com problemas no motor de arranque no C2, Pedro Meireles, Bernardo Sousa e Nuno Coelho, todos eles com problemas mecânicos.
Frederico Gomes venceu entre os pequenos Citroën C2 R2, na estreia deste modelo, apesar de alguns problemas com a direcção. Apesar de ter sido Paulo Antunes quem mais se evidenciou no princípio do rali, seguido por Armando Oliveira, estes dois concorrentes form obrigados a abandonar com problemas de transmissão e direcção, respectivamente. Rodrigo Ferreira foi segundo e Armindo Neves fechou o pódio. Mesmo com as evoluções, e com um plantel muito interessante, a viatura ficou aquém do esperado, em termos competitivos.
Infelizmente as condições meterológicas voltaram a condicionar a realização da prova, organizada pelo Targa Clube, que continua a insistir na organização em terra, no início da temporada, com pisos lamaçentos, praticamente inguiáveis. Muito positivo é o facto da presença de muito público, que aparentemente com a entrada de Portugal no mundial fez as “pazes” com os ralis. Curioso o facto de estarem muitos espanhóis a assistir a prova, talvez não só pela presença de Ojeda na prova, mas também por toda a ênfase dada ao CNR por alguns orgãos de comunicação social da “vizinhança”.
A prova também ficou marcada pela anulação de uma especial – segunda passagem por Anissó, e das condições anormais em que esta anulação ocorreu.

Leia Mais

sexta-feira, fevereiro 23

Contrariedades na MyRoad-Motorsport

A incerteza da presença dos dois pilotos da MyRoad-Motorsport – Vitor Sá e António Rodrigues, no Rali Torrié permaneceu até meio desta semana.

As dúvidas começaram quando o presidente de FPAK, Luís Pinto de Sousa, na apresentação do calendário do CNR referiu a presença de duas viaturas S2000 nas primeiras provas, e não de 4 como seria esperado. Ora como a Peugeot e Fiat já tinham toda a estrutura montada e preparada para "atacar" o campeonato, as atenções viraram-se para os dois Toyota Corolla S2000 da MyRoad-Motorsport.
Inicialmente, o responsável da equipa, José Rodrigues, afirmou que não passava de especulação, pois os dois Toyota se apresentarão na prova. Mais tarde confirmou que devido a um atraso na ficha de homologação do Toyota Corolla com volante à esquerda (na África do Sul, de onde “nasceu” o projecto, e na Inglaterra onde se senvolveu, as viaturas tinham volante à direita) tinham de usar uma solução de recurso.
A primeira hipótese passava por alugar dois Corolla’s S2000 provinientes da África do Sul, mas, o desagrado dos pilotos devido ao handicap do volante à direita, e também porque as viaturas tinham que regressar rapidamente para disputar o seu campeonato, inviabilisou o aluguer.
O “Plano C” foi posto em prática e constava em alugar dois Mitsubishi’s Lancer EVO IX à equipa espanhola AR Vidal Racing, para que os concorrentes participassem no nacional e iniciassem a fase de adaptação aos quatro rodas motrizes.A falta de dois S2000, foi colmatada com a presença de mais dois Mitsubishi.
O Rai Torrié vai para a estrada esta noite, e não faltam pontos de interesse.

Leia Mais

segunda-feira, fevereiro 19

Mikko Hirvonen venceu Rali da Noruega

A dupla Mikko Hirvonen e Jarmo Lehtinen protagonizou uma agradável surpresa no WRC ao vencer o Rali da Noruega, a bordo do Ford Focus WRC oficial. Ao contrário do que aconteceu na Austrália, Hirvonen contou com a rivalidade de Gronholm e Loeb, os pilotos que dominam as provas mundiais. O “truque” para o sucesso foram os ataques nas classificativas iniciais de cada etapa, a maturidade para resistir aos ataques dos principais adversários, e a sorte de conseguir o carro nos trilhos das “pistas de gelo”.
A segunda posição ficou na posse de Marcus Gronholm, que no último dia resignou-se ao facto não conseguir apanhar, e seguindo os conselhos do patrão Malcolm Wilson, optou por levar o Ford até final, sem desferir um ataque que ainda pudesse levar ao abandono. Esta posição permitiu que Gronholm assumisse a liderança do mundial. A colecta do fim-de-semana rendeu 18 pontos à Ford, totalizando 44 pontos, mais 16 que a Citroën.
A terceira posição ficou na posse de Henning Solberg, também em Focus WRC, que na última etapa desferiu um forte ataque ultrapassando o Subaru de Petter Solberg, numa luta pelo lugar de melhor elementos família, mas principalmente, de melhor norueguês. A diferença para os primeiros classificados é que se cifrava em 3:44,6.
Curioso o facto do pódio ser totalmente Ford, algo que não acontecia desde 1979, quando no Rali da Nova Zelândia a Ford colocou três Escort RS 1800 de Hannu Mikkola, Blair Robson e Ari Vatanen.
Petter Solberg voltou a queixar-se, ora da direcção ora da tracção, do Subaru. Numa prova que acalentava reais aspirações à vitória, mais não fez do que levar a viatura até final, numa classificação positiva tendo em conta os tempos averbados na estrada. Felizmente, a próxima prova do mundial marcará a estreia do Subaru Impreza de 2007.
Um dos outros protagonistas da prova foi Jari-Matti Latvala, que levou o segundo Focus da Stobard à quinta posição final. Depois de um despiste no shakedown, o jovem finlandês redimiu-se na prova, e não fosse um problema de direcção assistida na primeira etapa, com certeza teria lutado por um lugar do pódio.
Os últimos lugares pontuáveis só ficaram decididos na última especial do rali. Gigi Galli encetou uma luta interessande de Xsara’s com Manfred Stohl, mas o despiste do austríaco atirou-o para a 12º posição, e deixou o italiano no sexto lugar. Ficou, novamente, demonstrado que Galli sente-se à vontade em pisos com neve. Logo atrás, Daniel Carlsson e Xavier Pons travavam uma luta interessante. Desta feita foi Pons quem deitou tudo a perder, quando o Lancer WRC saiu de estrada e ficou preso na vegetação. O espanhol viu-se relegado para a 16º posição. Quem lucrou com os azares alheios foi o jovem checo Jan Kopecky que subiu ao oitavo lugar, num abrir e fechar de olhos.
Uma nota para a prestação do local Rune Dalsjo, com um Subaru Impreza de 2003 (conhecido por S9), ficou às portas dos pontos, na nona posição. No décimo lugar, o jovem de 17 anos, Andrea Mikkelssen em Focus WRC, fecha com “chave de ouro”, uma resultado muito positivo da marca oval azul.
A equipa Citroën teve uma prova para esquecer. Contrariamente ao habitual, Sebastien Loeb sentiu a pressão nos ombros, quando via um piloto de menor craveira andar na frente. Os ataques desferidos pelos francês pareciam insuficientes para chegar à liderança. Na parte final da segunda etapa tudo correu mal ao francês. Uma má escolha de pneus levou a que este se despistasse, perdendo oito minutos, e o contacto com o pelotão da frente. Se só por si é raro no francês, na especial seguinte quando tentava recuperar posições para entrar no top 8, voltou a despistar-se e voltou a perder valioso tempo. Foram quase 18 minutos que o separaram da liderança, e finalizou no 14º lugar,mesmo assim ainda somou 1 ponto para o mundial de marcas.
Como aconteceu na Suécia, Daniel Sordo teve uma prova para esquecer. A falta de ritmo na neve, aliado a despistes, têtes, e alguns problemas mecânicos fizeram-no ficar no 25º lugar, mesmo à frente de Matthew Wilson, que ainda conseguiu fazer pior.
O segundo piloto da Subaru, Chris Atkinson sofreu uma saída de estrada na segunda etapa, perdendo mais de 14 minutos e relegando-o para o fim da tabela. Mesmo assim, ainda recuperou até o 19º lugar final.
Entre os abandonos, há a registar o de Toni Gardemeister com o Mitsubishi Lancer WRC, depois de um despiste que o fez perder 20 minutos e causou problemas mecânicos na viatura. Outro desistente foi Guy Wilks que se esteava num Ford Focus WRC.
O Rali da Noruega também contou para o campeonato júnior e foi o finlandês Per-Gunnar Andersson que levou a melhor com o Suzuki Swift S1600. Na segunda posição ficou o campeão em título Patrik Sandell, que estreando o Renault Clio R3, ficou a mais de sete minutos. O pódio ficou completo com o outro piloto oficial da Suzuki, o estónio Urmo Aava a mais de 15 minutos do seu colega de equipa.

Leia Mais

sábado, fevereiro 17

Lista de Inscritos para o Rali de Portugal

As inscrições para o Rali de Portugal terminaram na sexta-feira e a organização já disponibilizou uma lista com os principais concorrentes.
Como seria de esperar todas as equipas inscritas no mundial de marcas irão marcar presença, com as dúvidas sobre os pilotos nomeados da Stobard a dissiparem. A escolha recaiu sobre Jari-Matti Latvala e Henning Solberg, embora a estrutura da equipa englobe também Matthew Wilson e o jovem norueguês Andreas Mikkelsen (com apenas 17 anos). Uma das poucas novidades de última hora é a presença de Guy Wilks com um Ford Focus WRC. Felizmente está confirmada a presença de Armindo Araújo com um Mitsubishi Lancer WRC.
Por outro lado, Philippe Roux não aparece, assim como um “outro português” em WRC. Faço referência a Miguel Campos, que nos últimos dias foi apontando como potencial candidato a disputar o Rali de Portugal, com um Peugeot 307 WRC da Grifone.
Quanto aos restantes concorrentes, destaco a confirmação do nome de Per-Gunnar Andersson, como piloto oficial da Suzuki na JWRC, e o regresso de Rui Madeira, acompanhado por Nuno Rodrigues da Silva, com um Mitsubishi de Grupo N.

Leia Mais

Lista de Inscritos do Rali Torrié

A prova de abertura do Campeonato Nacional de Ralis, o Rali Torrié, vai para a estrada no próximo fim-de-semana. O Rali, organizado pelo Targa Clube, que subsitutiu o Rali Casinos da Póvoa, terá também um novo centro nevrálgico, deixando a Póvoa de Varzim e passando para a Póvoa do Lanhoso, com uma Super Especial em Vieira do Minho.
A saída de Armindo Araújo para o Mundial, e a ausência de Miguel Campos motivado por falta de patrocínios dão o mote para a análise à lista de inscritos.
O número um de porta passa para a dupla da Peugeot Portuguesa, Bruno Magalhães / Paulo Grave, que estream o Peugeot 207 S2000 que, tudo indica, serão os favoritos à vitória na prova (e quem sabe ao título absoluto). Outra novidade prende-se com o regresso da Fiat a nível oficial, com um Fiat Punto S2000 entregue à dupla José Pedro Fontes/Fernando Prata, que pela semelhança de projecto e palmarés adquirido, serão os principais adversários da equipa Peugeot. Referência também para a presença dos dois Toyota’s, da equipa My Road Motorsport, tripulados por Vítor Sá e António Rodrigues, que fecham o lote de pilotos com viaturas S2000.
Depois existe uma armada de Mitsubishi’s e Subaru’s, a maioria dos quais transitam do ano passado. Entre os Mitsubishi há que contar com Fernando Peres, Ricardo Teodósio, Valter Gomes, Carlos Guimarães, Bernardo Sousa, Luís Cardoso e Nuno Coelho, a que se juntam as novidades Mex Machado dos Santos, do açoreano Ricardo Moura, Manuel Castro e Ricardo Costa. Na primeira linha dos Subaru’s temos Vítor Pascoal, Nuno Barroso Pereira, Pedro Meireles, e também os menos evoluídos de Martinho Ribeiro, Pedro Rodrigues e Franco Pereira. “Artilharia da pesada” no agrupamento de produção, com quatro rodas motrizes, que certamente irão animar a prova. Relembro que os S2000 também pertencem à classe N4.
Esta prova também marca a presença de dois pilotos internacionais - Enrique Garcia Ojeda, piloto oficial da Peugeot Espanha, que participa com o novo Peugeot 206 RC R3 (Grupo A), e Conrad Rautenbach, vencedor da classe S1600 britânica e participante do JWRC, com um Citroën C2 S1600. Este último terá como principal objectivo preparar o Rali de Portugal, pontuável para a categoria.
O aparecimento da classe S2000, promoveu a “extinção” dos S1600, e a comprová-lo está a presença de apenas dois carros desta categoria – Conrad Rautenbach e Carlos Matos, que regressa com o Renault Clio S1600 ao nacional.
Na classe Diesel, mantém-se os principais protagonistas, com Pedro Leal no Fiat Stilo e Francisco Barros Leite no Seat Ibiza Cupra, e há que contar ainda com os VW Golf TDI de Delfim Bastos e Ricardo Marques, e com o Skoda Fabia do “ídolo” André Pimenta.
Este ano a nível de troféus, apenas o da Citroën se manteve. Com a estreia do modelo C2 R2, que presenteia upgrades de nível mecânico e electrónico, foram muitos os concorrentes que transitaram do extinto troféu 206. Entre os principais candidatos estão: Armando Oliveira, Rodrigo Ferreira, Armindo Neves, Paulo Antunes, Frederico Gomes e Jorge Pinto. Infelizmente devido ao facto de a ser o único troféu no nacional, implantará uma monotonia na passagem de concorrentes com viaturas idênticas, que “aborrece” os espectadores.
A lista com 51 inscritos, finaliza com os candidatos à classe N3: João Fernando Ramos, Pedro Pereira da Silva (ambos em Renault Clio), Dr. Vitor Calisto com o Xsara e Miguel Silva no Fiesta ST. Ainda participam dois Punto’s – Tiago Avelar e Rui Almeida.
Os “dados estão lançados” para um campeonato que se prevê muito disputado, com a curiosidade de no final existir um campeão nacional diferente.

Leia Mais

quinta-feira, fevereiro 15

Novo campeonato de ralis para motos

No fim-de-semana passado, no site d’“A Bola” foi publicado uma notícia sobre a criação de um novo campeonato de ralis para motas,que transcrevo integralmente:
A Federação Internacional de Motociclismo vai criar um novo campeonato internacional de ralis para motos, que para já vai contar apenas com três provas, na Bélgica, em França e Itália, mas que vai alargar-se nos próximos anos.
O campeonato vai crescer até seis provas em 2010, com a inclusão dos circuitos de Inglaterra, Alemanha e Espanha, ao ritmo de um país por ano, a partir de 2008.
Famoso por receber a Fórmula 1, o circuito belga de Spa-Francorchamps recebe a prova entre 17 e 19 de Maio, com 1000 quilómetros, com duas «especiais» de estrada por dia, uma prova nocturna no circuito e outras duas sem luz na mesma região.
Para Itália a prova vai passar entre os dias 21 e 24 de Junho com diversas provas no Norte na zona de Adrina, perto de Veneza, passando por Brescia e Bário Terme.
França vai acolher a prova mais dura e também mais longa, na distância de 2800 quilómetros, a percorrer de 5 a 14 de Outubro entre Reims e Toulon, passando por Val-de-Reuil e Cleremont-Ferrand.”
Ora cá está uma autêntica surpresa - conciliar ralis e motociclismo. Não sendo uma facto inédito, relembro-me das corridas de Isle de Man TT e do mediatismo em seu torno, será uma competição interessante cujo regulamento espero com interesse.
Perguntas interessantes me ocorrem, que começam na potência das motos, passando pelo regime de reconhecimentos, à existência de auxílios visuais (placas na estrada, ou roadbooks nas motos – tipo Dakar), protecções nos rails, elementos de segurança, controlos horários, ou mesmo cartas de controlo.
Em todos os desportos motorizados devem ser equacionados todos os factores de risco, pois alta velocidade e obstáculos não coabitam pacificamente e, no caso de motos ainda mais grave se torna.
Sendo mais um desporto motorizado, que concerteza me cativará a atenção, esta não será uma mistura explosiva?

Leia Mais

quarta-feira, fevereiro 14

Um WRC para Armindo

Está confirmado, a dupla da Mitsubishi Portuguesa, Armindo Araújo e Miguel Ramalho, vão participar no Rali de Portugal com um Mitsubishi Lancer WRC.
Depois da brilhante actuação na Suécia, o Vodafone-Rali de Portugal será um “brinde” para a equipa que já demonstrou todas as suas capacidades em território nacional, e agora dá-se a conhecer internacionalmente. Apesar de satisfeito, Armindo Araújo manteve o discurso realista destacando a participação como uma oportunidade de evolução, sem objectivos exagerados. Obviamente, todos nós gostaríamos de ver o Armindo a lutar taco-a-taco com o Loeb, ou com o Gronholm, mas não sendo totalmente surreal, esta será a primeira experiência em prova com um WRC, o que só por si já não nos permite efectuar exigências irreais.
A viatura a utilizar será semelhante à que Toni Gardemeister e Xavi Pons usaram no Monte Carlo e Suécia. Os apoios são os mesmos que estão integrados no projecto PWRC, não sendo necessário efectuar outras parcerias.
Com o intuito de conhecer o carro antes da prova portuguesa, estão planeados dois testes, em Maio na Inglaterra, e um em solo português, dias antes do evento.
Relembro que Armindo já testou no final do ano passado um Ford Focus WRC da Stobard deixando indicadores postivos.
A participação de Armindo é uma excelente notícia para todos os adeptos lusos. Resta esperar para saber se existirá outro WRC “português”.

Leia Mais

terça-feira, fevereiro 13

Légend Boucles de Spa

Sempre tive uma particular admiração pelos ralis da Bélgica, não apenas pelos traçados, mas pela diversidade de viaturas em competição, sem esquecer a capacidade de internacionalização dos seus pilotos. Marc Duez, Robert Droogmans, Pascal Gaban, Patrick Snijers, Bruno Thiry e mesmo François Duval são nomes de referência neste desporto.
Foi sem surpresas que encontrei na Net referência a uma prova de regularidade clássica, que se disputou na Bélgica. Chama-se Légend Boucles de Spa, e contou com uma lista de inscritos muito interessante, tanto a nível de pilotos, como a nível de viaturas.
Destaco a presença de Xavier Bouche, que tripulou um MG Metro 6R4, o Patrick Snijers com o Ford Escort RS GR.4, o antigo piloto de Fórmula 1 Thierry Boutsen com um Porsche 911, Guy Colsoul com o Opel Manta 400, Van de Wauver com um Lancia Beta Monte Carlo, Renaud Verreydt com Escort RS 1800, Bernard Munster com o Porsche 911 3.0, Pascal Gaban com o Kadett GTE Conrero, David Sterckx com um BMW 2002 Ti e François Duval (sim o próprio) com um Skoda 130. Não posso deixar de referir a presença de um Ford Shelby GT de 1966, Fiat 131 Abarth Mirafiori, Mercedes 450 SLC, Mazda RX7, Renault 5 Alpine Calberson ou de um Audi Quattro.
Um último destaque, que deixei para o fim e é a imagem escolhida, o Alpine Renault A110 tripulado por Jean Ragnotti. Se a viatura só por si é uma menção à beleza, nas mãos daquele piloto é ouro sobre azul. Caso as informações sobre a sua participação na Super Especial do Rali de Portugal sejam verdadeiras, é um espectáculo a não perder.

Leia Mais

segunda-feira, fevereiro 12

Marcus Gronholm triunfa na Suécia

Marcus Gronholm e Timo Rautiainen venceram o Rali da Suécia, segunda prova pontuável para o WRC de 2007, alcançado desta forma a sua quinta vitória na prova e demonstrando que nos paises escandivos os nórdicos ditam as leis. Gronholm assumiu a liderança a meio da primeira etapa. Sem grande vantagem sobre os demais adversários, e com muitas queixas devido à falta de aderência (todos os pilotos queixavam-se) soube manter o ritmo. Desferiu um ataque forte na segunda etapa, que lhe deu uma vantagem tranquila, para abordar o último dia com maior tranquilidade.
Desta feita Sebastien Loeb não celebrou a vitória, mas o segundo lugar na Suécia poderá ser vantajoso. Ainda que tenha sido o único real adversário de Gronholm, faltou argumentos para desalojar o Ford da liderança. No primeiro dia deixou o C4 ir abaixo numa especial, e depois afirmou que o helicóptero, que o acompanhava ,estava demasiado baixo levantando neve e impedindo a visibilidade. Na segunda etapa uma má escolha de pneus acabou com as aspirações do francês.
O pódio ficou completo com Mikko Hirvonen, que no segundo Ford oficial secundou o “chefe de equipa”. Depois de um primeiro dia com problemas na direcção, travou uma luta interessante com os irmãos Solberg. Henning Solberg mostrou-se mais adaptado ao Focus WRC no Rali da Suecia, fazendo uma prova muito regular, não fosse uma saída na segunda etapa, que custou 30 segundos, certamente teria uma palavra a dizer quanto ao pódio.
Como tem sido habitual nos últimos anos, Daniel Carlsson tem uma palavrinha a dizer na Suécia. Desta feita com um Xsara da Kronos demonstrou alguns problemas de adaptação, mas estava bem posicionado na tabela para aproveitar os deslizes dos adversários e fechar a lista dos cinco primeiros.
Toni Gardemeister em Lancer WRC voltou a mostrar que está em grande momento de forma. Venceu a super especial de abertura do rali e lutou taco-a-taco nas primeiras especiais pela liderança. Com uma viatura ultrapassada que lhe deu problemas de transmissão, e impediu de chegar mais à frente, é natural que corram rumores sobre a possível saída do finlandês da Mitsubishi.
Manfred Stohl e Chris Atkinson ficaram nos restantes lugares pontuáveis. Se o resultado do austríaco é melhor que a exibição, o australiano da Subaru, na última etapa, teve o azar de sair de estrada e cair do quinto para oitavo.
Destaque ainda para o desempenho de Mads Ostberg em Impreza WRC, que venceu uma super-especial, e teve uma luta muito interessante com Jan Kopecky (Skoda Fabia WRC) e Patrik Flodin (Impreza WRC).
Gigi Galli entrou na prova “a matar” com o Citroën Xsara WRC da Aimont Racing, venceu uma PE, mas os exageros pagam-se caro, e sem surpresas despistou-se na quarta especial, perdendo quatro minutos e atrasando-se irremediavelmente.
O segundo piloto da Citroën, Daniel Sordo, passou ao lado da prova. A falta de visibilidade na segunda especial levou a um despiste, que o fez perder três minutos. O resto da prova foi um calvário, pois o C4 ficou sem direcção assistida a meio da segunda etapa, e o próprio piloto não se sentia à vontade neste tipo de peso.
Falta falar de Petter Solberg, que foi uma das figuras da prova. Segundo líder do Rali (há muito que um Subaru não passava pela lideraça), a alegria do norueguês logo passou a tristeza. A falta de tracção do Subaru, aliado a problemas de travões fizeram-nos descer para terceiro. Para piorar as coisas, no segundo dia, um despiste o fez perder 13 minutos a tentar colocar a viatura na estrada. A equipa optou por abandonar, para poupar a mecânica do Subaru para o Rali da Noruega.
A equipa argentina Munchi’s também estreou-se no mundial, com Luis Perez Companc e Juan Pablo Raeis. Em estreia neste tipo de pisos, ambos os pilotos andaram no meio da tabela classificativa, em luta com os melhores elementos da Produção. Como se o resultado não fosse negativo, a desclassificação de Juan Pablo Raies no final da prova ainda veio piorar a prestação. Aparentemente, o Raeis descalçou as luvas antes de uma das SE, não conseguindo encontrá-las a tempo, fez a especial com apenas uma luva. Os elementos da organização aperceberam do facto, e a desclassificação foi consumada.
O Rali da Suécia também serviu para a primeira aparição do Peugeot 207 S2000 em competição, entregue ao local Jimmy Joge. Infelizmente não foi possível tirar nenhuma ideia das prestações uma vez que na segunda especial a caixa de velocidades cedeu e prova da equipa acabou.
A caravana muda-se de armas e bagagem para a Noruega, terceira prova do WRC.

Leia Mais

domingo, fevereiro 11

Neve não intimidou Armindo

A primeira participação da equipa da Mitsubishi Portugal, Armindo Araújo / Miguel Ramalho no PWRC foi muito produtiva. Se à partida para o Rali da Suécia existia a noção das dificuldades que os portugueses iriam enfrentar, não só por causa do piso, mas pela extensa lista de adversários com mais experiência e nórdicos, três dias depois é possível esboçar um sorriso e pensar que, teoricamente, a prova mais difícil foi passada, com distinção.
A preparação no Rali do Ártico, foi uma mais valia. Na Suécia e ,sem entrar a “matar”, foi imprimindo o ritmo necessário para se situar a meio da tabela. Conscientemente andou depressa, mas soube não arriscar em demasia. Ao analisar os tempos reais parece que os mais directos adversários andavam mais depressa nas especiais – como os casos de Toshi Arai, Mirco Baldacci e Nasser Al-Attiyah - mas todos eles exageraram e, despistes os atiraram para fora da contenda (ou pelo menos pela luta dos lugares cimeiros).
No segundo dia, os tempos não apareciam, e parecia estar sempre atrás dos rivais que o perseguiam (para não falar no fosso que se ia criando para os homens da frente). A estranheza no resultado foi muita, mas a explicação foi simples: problemas de embraiagem que motivaram um andamento muito mais cauteloso. No final do dia, tiveram que mudar a embraiagem e caixa de velocidades em 47 minutos - digno de uma equipa mundial. Infelizmente, atrasaram a mudança em dois minutos, que equivalia a vinte segundos de penalização. Subitamente tinham na “cola” dois rivais de peso – o campeão russo, Alexandre Dorosinskiy e o vice-campeão mundial Fumio Nutahara.
Problemas resolvidos, foi um Armindo ao melhor nível na última etapa, que segurou o quinto lugar entre os concorrentes do PWRC – Dorosinskiy nem partiu para a última secção (abandonou com problemas no motor) e Nutahara não teve argumentos para o português.
Depois do final da prova deu-se a desclassificação de Juho Hanninen, devido a irregularidades nas bombas de combustível, e Armindo subiu mais uma posição. A equipa obteve um excelente 20.º lugar da geral e 4º entre os PWRC (5º da Produção).
É natural que exista algum desconforto ao reconhecer que um quarto lugar é positivo. Reparemos as diferentes variáveis – pela primeira vez a correr numa prova do mundial, e na neve; adversários de topo na categoria, e acima de tudo muitos nórdicos, com experiência e rapidez reconhecida – Sohlberg, Anton Alen e Oscar Svedlund são “profissionais da neve”. O piloto português teve o mérito de saber levar o carro nos trilhos, e fez do seu aliado a regularidade.
Foi uma prova empolgante, ao melhor nível, com desempenhos fenomenais de Juho Haninnen e Anton Alen, que serão rivais de peso do português.
Uma notinha para os desempenhos nas Super Especiais. Andou sempre entre os mais rápidos do Agrupamento de Produção, e já alcançou um 13.º tempo à geral na última especial.
Já somam os primeiros cincoo pontos. Parabéns a toda a equipa e aos adeptos que o apoiaram.
(Rectificado)

Leia Mais

Pedro Peres vence Rali de Montelongo

A dupla Pedro Peres / Tiago Ferreira venceu a primeira prova do Campeonato Open, o Rali de Montelongo. Apostando num andamento muito forte, a equipa do Ford Escort Cosworth teve a oposição da dupla Alberto Castro / Duarte Gouveia, mas andando sempre no encalaço destes primeiros. A última especial foi decisiva, pois uma forte saída de estrada do Saxo Kit Car de Alberto Castro, entregou a vitória a Peres, que também venceu entre os VSH.
O pódio ficou completo com duas viaturas clássicas. Rui Azevedo em Ford Escort RS 2000 MKI deu o mote da prova, vencendo a primeira especial e demonstrando que “velhos” só na categoria. Sempre muito rápido e ameaçando os lugares cimeiros, foi com naturalidade que no final Rui Azevedo acabou no segundo lugar. A terceira posição ficou na posse de Jorge Areias, num Opel Kadett GTE que protagonizou a surpresa da prova, uma vez que não era nem um nome equacionado no início, nem a viatura parecia ser das mais rápidas (puro engano).
O primeiro concorrente com carros homologados foi Pedro Raimundo, que navegado pelo experiente Nuno Rodrigues da Silva, levou o Renault Clio RS à quarta posição, e venceu entre os concorrentes ao Campeonato Júnior.
A equipa tetra-campeã regional de 2006, Luís Mota / Ricardo Domingos, que estreavam uma nova pintura no Mitsubishi Lancer EVO IV, ficaram na quinta posição (2ºVSH e 2ºquatro rodas motrizes). Tal como no ano transacto a aposta passa pela regularidade, pois o Open é composto por várias provas, e somando lugares cimeiros, e pontos valiosos é o mais importante.
A sexta posição ficou na posse de outro clássico: António Segurado num Ford Escort RS (fechou o pódio dos clássicos), na frente do Campeão de Promoção de Asfalto da época passada Anibal Pereira num Citroën Saxo.
No Campeonato Júnior, Isaac Portela em Peugeot 206 GTi acabou na segunda posição, na frente de Filipe Teixeira em Citroën Saxo. Foram nono e décimo classificados respectivamente.
Nos VSH, a terceira posição ficou entregue a Hélder Ribeiro em Peugeot 205 GTi( 11º da geral), na frente de Ricardo Costa em BMW 320IS por escassos 1,3 segundos.
Uma palavrinha ainda para os representantes do Sul, Rui Coimbra / José Dieguez em VW Golf GTi, que tiveram uma prova pouco produtiva, uma vez que a direcção aberta após um toque condicionou o andamento. Acabaram na 25ªposição registando a quinta posição entre os concorrentes da Juníor.
A lista de desistência que contou com 22 abandonos, sendo a grande maioria provocada por avarias mecânicas. Para além do despiste de Alberto Castro, também há a lamentar as desistências de Octavío Nogueira (despiste), José Veiga (Avaria), António Oliveira (Despiste na Ligação), José Sousa (Junta da Cabeça Queimada) e da Patricia von Doellinger, que navegada por Mário Castro, finalizou a estreia com uma saída de estrada.
Foi muito interessante verificar o onfronto directo entre viaturas de diferentes categorias, e foram muitas as surpresas. Para uma primeira prova “mista” foi, sem sombra de dúvidas, uma “caixinha de surpresas”.
Venham mais.
Foto: sportmotores

Leia Mais

sexta-feira, fevereiro 9

Características do Campeonato Open

Com o intuito de clarificar algumas dúvidas surgidas quanto à regulamentação do campeonato Open decidi transcrever um texto publicado no jornal “Motor” desta semana, que explica as características principais.
“O Open admite todas as viaturas que possuam homologação FIA em vigor (A ou N), mas cuja cilindrada nominal seja igual ou inferior a 2000 cc e não disponham de quatro rodas motrizes. Admite também todos os veículos cuja homologação FIA já caducou, mas que estejam autorizados, em 2007, a participar em ralis nacionais ou internacionais ao abrigo da alínea a) do Art. 21.º do CDI, incluindo, neste caso, os de quatro rodas motrizes. Podem competir igualmente todas as viaturas do Grupo VSH (Viaturas Sem Homologação) com a cilindrada limitada a 3500cc – incluindo já o factor de correcção dos motores equipados com turbo - , que estejam de harmonia com o código de estrada e que nunca tenham tido homologação FIA/FISA, ou que, tendo-a tido, esta tenha perdido a validade. No Open cabem ainda todas s viaturas Clássicas, tais como definidas no Regulamento do Campeonato Nacional FPAK de Clássicos Ralis 2007.
Há ainda três classes em disputa, sendo a 1 para veículos de duas rodas motrizes, a 2 para Clássicos e a 3 para os de Tracção Integral. Em termos de pontuação, o esquema é idêntico aos Regionais, pois em termos gerais, o primeiro classificado recolhe 20 pontos, o segundo 17, o terceiro 15, seguindo-se 14, 13, 12… até 1, para os classificados de 16.º em diante. Há ainda a acrescentar pontos para os carros de duas rodas motrizes (os quatro primeiros), que recebem, respectivamente, 5,4,3 e 2. Para os Clássicos aplica-se também esta regra, enquanto que para os 4x4 apenas o primeiro e segundo recolhem pontos, no caso, 3 e 2. Acresce dizer que nos três casos, a partir dos pontos descritos, os restantes classificados recebem todos 1 ponto.”
Retirado do Jornal Motor de 6 de Fevereiro de 2007.

Leia Mais

Novo Troféu de VSH criado a Sul

Os concorrentes de VSH da região sul têm razões para estarem satisfeitos. Está em marcha o projecto do novo Troféu Challenge de Ralis de VSH, que resulta dos esforços de três clubes organizadores – Aero Clube de Beja, Clube Automóvel de Loulé e Clube Automóvel de Portimão.
São três as provas que compõem este Troféu: Rali Cidade de Beja a 12 de Maio, Rali Loulé Concelho a 28 de Outubro e Rali Cidade de Portimão, dias 8 e 9 de Dezembro. No final serão distribuidos prémios num valor total não inferior a 7500 euros.
Brevemente sairá o regulamento.
Foto: João Pescada

Leia Mais

quarta-feira, fevereiro 7

Nomes para o Rali de Portugal

Faltam pouca mais de dois meses para o Rali de Portugal e são muitos os concorrentes que (aparentemente) participarão na prova, numa lista que só pode ser considerada da luxo:
A nível oficial: Sebastien Loeb e Daniel Sordo com os C4 WRC; Petter Solberg e Chris Atkinson da Subaru WRT; Marcus Gronholm e Mikko Hirvonen representam a BF Ford; Manfred Stohl e Daniel Carlsson com os Xsara WRC da Kronos; Jari-Matti Latvala, Henning Solberg e Matthew Wilson nos Ford da Stobard; Luis Perez Companc e Juan Pablo Raies com os Ford da argentina Munchi’s.
Com outros WRC’s: Toni Gardemeister, Xavi Pons e quem sabe Armindo Araújo com os Lancer WRC da MMSP; Gigi Galli em Xsara WRC; Gareth McHale em Focus WRC; François Duval e Jan Kopecky, ambos em Skoda Fabia WRC; Philippe Roux em Peugeot 307 WRC e Mads Ostberg num Impreza WRC.
Quase a totalidade de inscritos do JWRC: Patrik Sandell, Urmo Aava, Conrad Rautenbach, Joef Beres, Martin Prokop, Jaan Molder, Michal Kosciuszko, Andrea Cortinovis, Stefano Benoni, Manuel Rueda Sanchez, Aigar Pars, Vilius Rozukas, Kalle Pinomaki, Milos Komjenovic, Raphael Augiuer e mais cinco concorrentes de equipas presentes no campeonato por designar.
Grupo N: Anton Alen e Patrik Flodin em Subaru Impreza WRX.
Fiesta Sporting Trophy: Simon Hughes; Mathieu Biasion, Alessandro Bettega, Barry Clark, Lambros Athanassoulas, Kalle Keskinen, Matt Jonsson e Eugeniy Vertunov.
Não referi os nomes dos concorrentes nacionais, uma vez que faltam confirmar alguns projectos, mas segundo as últimas indicações não deveram exceder os 40 inscritos.

Leia Mais

terça-feira, fevereiro 6

Montelongo abre época em Portugal

Os Ralis nacionais estão de volta, com o Rali de Montelongo, prova pontuável para recém-criado campeonato Open, que incorpora quase todo o tipo de viaturas de ralis – excepção aos tracção total homologados, WRC e kit car com caixa sequencial).
Depois da fraca adesão aos campeonatos de Promoção e Junior nas épocas transactas, à extinção de troféus do nacional (como o troféu 206 e Punto HGT), e mesmo à falta de competidores nos regionais, a FPAK optou por reunir numa só competição todas as categorias. Mas salvaguardando as diferanças entre máquinas e competitidores decorrerá em simultâneo os campeonatos Juníor, Clássicos e Regionais. Em todas as provas os resultados nos diferentes campeonatos serão obtidos numa classificação à parte, sendo que nem todas as provas do Open pontuam para o mesmo regional, e existem provas de outras categorias (por exemplo clássicos) que não pontuam para o Open. Confuso, então explico, por exemplo o Rali de Montelongo contará para o Open, Clássicos, Junior e Regional Norte, mas os concorrentes que participem em Loulé apenas pontuaram para o Open, Junior e Regional Sul. Por outro lado, no Casinos do Algarve os Clássicos participarão, mas a prova não conta para o Open.
Em Montelongo estão inscritos 57 concorrentes, o que só por si é um indicador muito positivo. No entanto, poderá não ser regra uma vez que o cepticismo prevalece entre alguns analistas.
Há muito que não via uma lista tão diversificada, onde podemos encontrar viaturas Kit Car, ex-troféus e até Escort’s MK I (talvez em provas extras, como o Casinos de Espinho de 2003, onde existiu uma diversidade semelhante).
Os candidatos às posições cimeiros são muitos, ficando numa incógnita os comparativos entre as diferentes categorias. Se os Saxo Kit Car parecem levar vantagem, pois a prova é em asfalto, existem concorrentes regionais que fazem a rapidez e a regularidade trunfos de peso, sem esquecer os concorrentes que transitam do Troféu.
A ver vamos.
Foto: João Pescada

Leia Mais

segunda-feira, fevereiro 5

Marcus Gronholm venceu Rally de Galway

Com o intuito de preparar o Rali da Irlanda, prova estreante que integra o WRC, a M-Sport decidiu inscrever o vice-campeão mundial no Rally de Gallway, aproveitando também a estreia de Gareth McHale com aquele modelo da Ford.
Num traçado sinouso com muitas curvas, reconhecido pelo asfalto ondulado e escorregadio, Marcus Gronholm levou à sua avante, apesar de ter feito dois piões que o fizeram perder algum tempo (chegando mesmo a ser ultrapassado pelo campeão local Eugene Donnelly). A segunda posição foi ocupada por Gareth McHale, que teve uma prova sóbria, na frente do melhor elemento da produção Mark Higgins em Subaru Impreza.

Leia Mais

quinta-feira, fevereiro 1

David Richards contra IRC

Tudo na vida, desde o trabalho ao desporto passando pelo lazer, envolve dinheiro e consequentemente negócios. Nos automobilismo, mas concretemente os ralis também existe o lado monetário. Quando existe a possibilidade dos alicerces que alimentam uma entidade serem “abalados” logo aparecem os primeiros críticos, os primeiros “lobbies”, enfim o medo da mudança.
O multimilionário David Richards, numa entrevista ao Motorsport News, afirmou que o International Rally Challenge é uma imitação. A competição não é necessária pois irá infraquecer o Campeonato do Mundo de Produção. Segundo palavras do próprio “os S2000 vieram dar hipótese aos contrutores de produzir um carro equivalente ao Grupo N, mas eles custam muito. Para quê dispersar o mercado?”.
A categoria IRC foi criada em 2006 feita a pensar num campeonato que englobasse todo o tipo de viaturas homologadas, excepção feita aos veículos com especificações de WRC, disputadas em provas que não pertencem ao calendário mundial. Para 2007, estão planeadas nove provas, sitas maioritariamente na Europa (entre os quais o Rali Vinho Madeira), mas que também engloba a China, Russia e Quénia. São várias as equipas, representantes de diferentes marcas (oficiais e semi-oficiais) que já demonstraram disponibiilidade para disputarem o evento. Já existem S2000 da Fiat, Toyota, Peugeot e VW, e a Skoda, Ford e Mitsubishi já equiacionam construir viaturas dessa classe.
O Grupo Eurosport, que detém a exclusividade dos direitos, irá efectuar a cobertura do IRC, tendo programadas cerca de 8 horas por prova (70 no total). O tempo de antena de cada prova representa quase o dobro do dispendido no WRC, nesse mesmo canal.
Curioso o facto de David Richards ser presidente do ISC (International Sportworld Comunication) e detentor dos direitos de transmissão do WRC, que neste momento poucos motivos de interesse encerra – apenas três marcas oficiais, sem competitividade, e sempre com os mesmos protagonistas. Serão os primeiros sinais de preocupação deste “gigante”? As declarações terão por trás outras intenções?
Com certeza, muitas jogadas de bastidores se desenrolaram nos próximos tempos, e o braço-de-ferro entre os apologisitas do IRC, e os defensores do WRC poderão colidir.
Uma coisa é certa, ao apontar-se contra o IRC, David Richards deu uma ajudinha à promoção desta categoria. Falem bem ou falem mal, mas falem.

Leia Mais

E viva ao Luxo

Numa época em que a maioria dos concorrentes queixa-se de falta de apoios financeiros, vêem exemplos da Madeira que contrariam de todas as formas e feitos a “fome” de verba que afecta os restantes.
Segundo uma noticia lançada no www.ralismadeira.com, o ena campeão madeirense Vítor sá irá defender o título a bordo de um Fiat Punto S2000. Se só por si já é um luxo que muito poucos podem usufruir, no início desta semana foi dado a conhecer o projecto do piloto para o nacional, que passa por um S2000.... mas da Toyota. Depois de um ano a correr com um Clio S1600 da Opção 04, o piloto madeirense irá incorporar a estrutura recém-criada My Road-Motorsport, que em parceira com António Rodrigues disputaram o nacional com os Toyota Corolla S2000.
Como se nesta história não bastasse dois S2000, Sá ainda é o feliz possuidor de um Clio S1600 que faz frente a qualquer viatura mundial da categoria, e com o qual venceu o regional madeirense na época transacta. Para não falar em todos os bólides que já passaram pelas mãos do madeirense.
Mais uma aquisição de peso para o regional madeirense reside num Citroën C2 S1600 que foi adquirido Aécio Anjo à equipa PH Sport. Esta equipa francesa prepara viaturas para o mundial júnior, e ostenta no seu currículos os títulos de Sebastien Loeb e Dani Solá, em 2001 e 2002.
Enfim... viva o luxo.

Leia Mais