segunda-feira, fevereiro 25

Luís Mota venceu Rali de Martinlongo

Foi um cenário diluviano que os concorrentes do regional sul encontraram no Rali de Martinlongo. As condições meteorológicas adversas, com muita chuva e nevoeiro, que promoveram o aumento do caudal das ribeiras e os pisos enlameados, foram factores decisivos no desenrolar da prova do CAL.

Luís Mota e Ricardo Domingos em Mitsubishi Lancer EVO IV entraram com o pé direito no campeonato. Com um ritmo cauteloso, mas muito eficaz, averbaram três vitórias em especiais de classificação, que se traduziram no final numa vantagem superior a 30 segundos. O resultado é animador para a equipa do Cartaxo, não só pela vitória, mas pela ausência dos principais rivais nos lugares pontuáveis.


Gil Antunes foi o homem do rali, não só pelo resultado mas pela exibição. Estreando o navegador Daniel Ribeiro, o representante de Aruil primou pelo espectáculo e pela rapidez, protagonizando uma interessante luta com Luís Mota pelo primeiro lugar. Acabando a primeira ronda com uma desvantagem de três segundos, o momento chave decorreu na última especial, quando uma valente tromba de água caiu à passagem da equipa do Opel Astra, e os fez reduzir o ritmo, ficando com o segundo lugar. A este resultado juntou a vitória na Divisão reservada aos duas rodas motrizes.


Valendo da sua experiência, e do conhecimento do terreno, António Lampreia e Pedro Macedo em Ford Escort Cosworth acabaram na terceira posição, alcançando uma das suas melhores classificações no regional. O quarto lugar ficou na posse de Bruno Andrade/Ricardo Barreto que viram a prestação condicionada após um furo na primeira especial. Mesmo assim a equipa do Subaru Legacy 4WD, ainda averbou uma vitória no último troço cronometrado.


De regresso ao regional, Nuno Fontaínhas e Márcio Pereira em Ford Sierra Cosworth voltaram às boas exibições e resultados. Mesmo com uma suspensão muito dura e graves problemas na caixa de velocidades, conseguiram um quinto lugar final. Num registo louvável, fica uma ressalva a Márcio Pereira, que veio propositadamente desde Andorra de carro (e voltou) para participar no rali.


A estreia de Pedro Leone e Bruno Miguel não deixou ninguém indiferente. A imponência e espectacularidade do seu Ford Sierra Cosworth foi notória, deixando uma boa impressão geral. Problemas de motor na última especial de classificação o fizeram perder algum tempo, acabando na sexta posição.


A escassos seis décimos de segundo de Leone, José Correia / Joaquim Macedo, em BMW 325IX acabaram na sétima posição. Apostando numa toada defensiva de início, atacaram na segunda ronda, o que os permitiu efectuar alguns tempos interessantes, rubricando um resultado positivo.


A oitava posição ficou na posse de Pedro Charneca e Luís Assunção, em Ford Sierra Cosworth, cuja prestação foi condicionada por uma forte queda de chuva aquando da sua passagem nas especiais. Na nona posição acabou Vasco Tintim e Victor Contreiras, que num Peugeot 205, venceram a classe I. Isto apesar de um engano no percurso, motivado por uma troca de roadbooks, os terem levado a efectuar a ligação para outra passagem no troço de Martinlongo. Numa prova marcada por alguns percalços, Paulo Jesus e Licínio Santos em Ford Sierra Cosworth fecharam o top ten.

Na promoção a vitória ficou na posse da equipa Carlos Marreiros/Paulo Costa, em Opel Corsa GSi, que acabaram na 13ª posição da geral.


Foram poucos os abandonos entre os concorrentes que partiram para a estrada. José Neves e José Jesus (Mitsubishi Lancer IV) abandonaram vítimas de despiste, enquanto que Nuno Pinto / João Silva em Mitsubishi Lancer EVO III desistiram com o motor partido. Por outro lado José Carlos Paté/José Gago viram o Peugeot 205 GTi ficar parado após uma passagem numa ribeira. Outros azarados foram Rui Coimbra e Paulo Primaz, que não partiram para a prova após uma recusa do VW Golf GTi em trabalhar.


A prova fica marcada pela pouca afluência de concorrentes, naquela que se tornou o pior registo do regional, com 22 concorrentes admitidos (apenas 20 partiram para a estrada). Uma das ausências notadas foi de Paulo Nascimento, que quebra o mítico registo de presenças em todas as provas do regional, desde o seu início em 1998.


Uma nota positiva para o muito público que afluiu à estrada, mesmo em condições adversas. A aposta do clube algarvio no RallyMix foi ganha, e decisiva neste aumento da afluência de espectadores. Apesar desta competição não ter sido muito concorrida, deixou bons indicadores, e poderá dar frutos brevemente.
Pela negativa, o facto de não terem disponibilizado os tempos online, embora os frequentes cortes de corrente na região fossem o pretexto usado para tal facto.

A próxima prova do regional é o Rali de Vila do Bispo, no fim-de-semana de 17 e 18 de Maio.

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