quarta-feira, maio 7

IRC Portugal: Os portugueses

Depois de alguns perfis representativos dos principais pilotos internacionais também há que efectuar referência aos concorrentes portugueses. Há muito que não se via tanta qualidade num plantel, e acima de tudo a possibilidade real da vitória ficar entregue a um português. Melhor o facto de se cruzarem 3 concorrentes que dominaram as competições nacionais: Bruno Magalhães, Armindo Araújo e Miguel Campos, isto sem esquecer que ainda estão mais dois campeões nacionais em prova, Adruzilo Lopes e Fernando Peres, que atravessa em fase muito positiva, tanto no campeonato nacional, como nos Açores onde se tem revelado imbativel.

Bruno Magalhães e Mário Castro são apontados pela imprensa nacional e estrangeira, assim como grande parte dos adeptos nacionais, como principais candidatos à vitórias. Inseridos numa equipa profissional como a Peugeot Sport, com uma viatura extremamente competitiva (207 S2000) e atravessando um excelente momento de forma, traduzido num sequência de triunfos sem rival, terá finalmente a oportunidade de defrontar rivais de peso, e mostrar além fronteiras o seu potencial. Confrontado com a questão sobre os objectivos, não esconde o facto que vencer seria o melhor, mas a preocupação maior será mesmo na fiabilidade e nos furos, que ultimamente são factores de selecção no escalonamento final.


De regresso a território nacional, Armindo Araújo e Miguel Ramalho são outros concorrentes que aspiram o primeiro lugar. Na verdade que os S2000 são forte adversário, poderá apostar no conhecimento do terreno, mas principalmente na fiabilidade dos pneus da Pirelli, que parecem melhores em termos de resistência do que os BF Goodrich. O tetra-campeão nacional (duas vezes com a Citroën e duas com a Mitsubishi) quer regressar aos resultados, que teimosamente lhe têm fugido nas últimas temporadas, ou seja desde que ingressou no mundial de produção. A rapidez de Araújo é reconhecida além fronteiras, e apenas lhe faltando a fiabilidade para regressar aos triunfos. Curiosamente, já tem 3 vitórias na prova portuguesa: em 2003 e 2004 em Citroën Saxo Kit Car, e em 2006 num Mitsubishi Lancer EVO VIII MR, onde deu um recital de condução frente aos restantes concorrentes. Aliás, Armindo é um vencedor nato, onde correu venceu: Promoção, Troféu Saxo, Fórmula 3, Duas Rodas Motrizes e Títulos Nacionais, apenas faltando a Produção Mundial.


Vencedor do BF Goodrich Drivers Team, Miguel Campos volta à ribalta dos ralis, com uma viatura competitiva, numa estrutura profissional, e confiando a navegação a Paulo Babo para regressar ao topo dos ralis. O triunfo neste concurso foi a forma de reconhecer a competitivade e capacidade de adaptação de Miguel Campos a qualquer tipo de viatura. Desde os tempos dos AX, ao Seat Ibiza, sem esquecer o dominío absoluto do agrupamento de Produção no final dos anos 90 e 2000, ou mesmo a adaptação rápida ao Peugeot 206 WRC, com o qual conquistou um título nacional e um vice-campeonato europeu, o piloto de Famalicão demonstrou vontade de vencer. A presença na Peugeot de 2001 a 2005 será benéfica para esta adaptação. Os primeiros testes com o Peugeot 207 S2000 confirmaram as expectativas, com uma adaptação rápida e convincente, antevendo um participação positiva no Rali de Portugal.


Depois de um início de temporada cheio de sucesso, e surpresa, Bernardo Sousa estreia-se na navegação de Jorge Carvalho, substituindo Carlos Magalhães. As opiniões sobre esta troca, na sua maioria, são desfavoráveis, pois a experiência poderá fazer falta no decorrer do Rali de Portugal. Tanto que as apostas na sua desistência são muitas, e predominantemente por acidente. A troca poderá deixar mossas, ou pelo contrário aumentar o nível de competitividade (ou seja andar nos extremos).


José Pedro Fontes e António Costa apostam no Fiat Punto S2000 para lutar pelos lugares cimeiros. Consciente das suas limitações, recorda que o Fiat é menos evoluído que os oficiais, e terá pela frente um conjunto de concorrentes variado, que lhe dificultará a missão de “brilhar”.


Depois vêm pilotos como Fernando Peres, Adruzilo Lopes, Vitor Pascoal ou Pedro Meireles, que têm condução, ou máquinas passíveis de entrar num lugar entre os dez primeiros. Finalmente, uma palavrinha para Pedro Leal, que num Fiat Sitlo JTD poderá ter em Simon Jean-Joseph um rival à altura, no Citroën C2 R2 Max. A luta pelas duas rodas motrizes provavelmente passará por estes dois concorrentes, mas como podem existir surpresas, ou deslizes, também há que contar com Francisco Barros Leite, Carlos Matos ou mesmo Paulo Antunes, que tem demonstrado um ritmo diabólico no pequeno Citroën C2.

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