quarta-feira, julho 30

Bruno Magalhães deu o mote

O shakedown disputou-se entre as 12 e 16 horas na Água de Pena (1,5km), e apesar de não ser obrigatório, contou com os principais pilotos participantes ao Rali Vinho Madeira.

O equilíbrio foi a nota dominante, com 14 concorrentes separados por apenas 5 segundos. Desde o início que Bruno Magalhães mostrou “as garras” averbando os tempos mais rápidos, parecendo não dar hipóteses à concorrência. No entanto,com o desenrolar do shakedown, alguns adversários foram chegando muito perto. Chegou mesmo a ser ultrapassado por Renato Travaglia, mas no final conseguiu a marca de 1:49,8, sendo o único a baixa do segundo 50.

As diferenças entre Fiat Abarth e Peugeot na Madeira não foram tão acentuadas como em provas anteriores. Renato Travaglia, com o Punto da Trico MotorSport, veio endiabrado e ficou a 0,2 segundos de Bruno Magalhães mostrando que também podem contar com ele. O italiano que no ano passado foi desclassificado (2º no final com um EVO IX) quer redimir-se este ano.

Apesar de nunca ter participado na prova madeirense, Luca Rossetti deixou bons indicadores. Efectuou a 3ª melhor marca, a 0,6 segundos de Bruno Magalhães. O piloto da Racing Lyons continua a imprimir um andamento excepcional por onde passa, e entra no lote de favoritos para a prova que avizinha.

Na 4ª posição, e segundo melhor português, José Pedro Fontes que estreando um novo Fiat Punto S2000 completamente preparado para a fase de asfalto quer “incomodar” os representantes do IRC, e quem sabe lutar pelo melhor português.

O melhor representantes da Kronos (Peugeot Team Belux) foi Nicolas Vouilloz que fez 1:51,3 e ficou na quinta posição. Surpreendente foi Michal Solowow que ficou com a sexta melhor marca a três segundos exactos de Bruno Magalhães. Mesmo "a feijões", não deixa de ser uma agradável surpresa o registo deste concorrente polaco.

Como esperado, Alexandre Camacho foi o melhor representante madeirense, na sétima posição a 0,1 se Solowow. Durante algum tempo ocupou a 4ª posição, mas baixou consoante os tempos da frente eram melhorados. Mostrou que em situação normal conseguirá imiscuir-se nos lugares da frente.

Os representantes da Fiat Abarth, Giandomenico Basso e Umberto Scandola fizeram o mesmo tempo: 1:53,0. O vencedor das duas últimas edições optou por efectuar alguns testes no setup do Punto S2000, mostrando-se desagradado com as afinações da viatura. No entanto, convém não esquecer que nos anos anteriores não abria o jogo nos shakedown, muito pelo contrário, deixava sempre a imagem de que algo estava mal.

Bom tempo também para Vítor Pascoal (12º), a 4,3 segundos de Bruno Magalhães. Apesar das queixas por não ter conseguido preparar a prova como gostaria, pois a viatura não estava pronta não permitindo um teste antecipado.

Fernando Peres foi o melhor representante do Agrupamento de Produção (a nível nacional os S2000 contam como A8), com o tempo de 1:54,3. A surpresa veio da parte de Yeray Llemes, que fez o 2º tempo do grupo, a 1,8 segundos do rival directo, aliando a rapidez à exuberância nas passagens, deixando o público ao rubro. Adruzilo Lopes foi o 3ª melhor com o Subaru Impreza Spec C, superiorizando-se por apenas 0,8 segundos a João Magalhães, o melhor representante ilhéu.

Aproveitando a ausência de Filipe Freitas, os irmãos Nunes foram os melhores entre as viaturas S1600. Miguel Nunes fez 1:59,9, enquanto que António ficou a 1,5 segundos, ambos em Peugeot 206 S1600.

O shakedown ficou marcado também por algumas atravessadelas e incidentes, com particular registo de Duarte Abreu que deu um toque com o Fiat Punto S1600, que levou a que uma das rodas saltasse.
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