terça-feira, novembro 25

Finalmente José Pedro Fontes

A edição 2008 do Rali Casinos do Algarve será memorável para José Pedro Fontes, pois finalmente o piloto da Fiat Vodafone conseguiu o seu primeiro triunfo à geral no campeonato de Portugal. Tal feito foi possível porque Bruno Magalhães furou na terceira especial do rali, perdendo dois minutos e meio, e dando uma vantagem considerável aos principais adversários. José Pedro Fontes não desperdiçou a oportunidade de escrever o seu nome nos palmarés de vencedores nacionais, embora ainda tivesse que lidar com um (ou dois) furo no penúltimo troço, e contar com a pressão de Vítor Pascoal, que chegou a estar a 1,5 segundos do líder. Numa altura de indecisões sobre o futuro, Fontes referiu que gostaria de continuar, mas a título oficial, e quem sabe numa competição que não os ralis, evocando um possível regresso aos ralis. Esta vitória permitiu também que António Costa se sagrasse campeão de navegadores de viaturas de Turismo.

Depois do furo, Bruno Magalhães e Carlos Magalhães andaram de “faca nos dentes”, somando vitórias nos troços, e recuperando posições. Foi o suficiente para levar o Peugeot 207 S2000 ao segundo lugar, e consagrar Carlos Magalhães com o título nacional de navegadores (começou com Bernardo Sousa e substituiu Mário Castro).

Fernando Peres fechou o pódio, regressando aos bons resultados e às boas exibições, depois dos azares em Mortágua e no Rali Centro de Portugal, para não falar no campeonato açoreano. No regresso ao campeonato português, Bernardo Sousa esteve igual a si próprio, dando muito espectáculo, e sendo muito exuberante (o “donut” na Super-Especial foi muito apreciado pelo público). Queixando-se ainda de problemas com o ombro, protagonizou animada luta com Pedro Meireles, até este abandonar com problemas de embraiagem no Subaru Impreza.

Na quinta posição finalizou Pedro Leal em Fiat Stilo, que foi o melhor dos concorrentes com duas rodas motrizes e venceu a Taça Nacional, beneficiando do abandono de Francisco Barros Leite.

Cumprindo calendário, Adruzilo Lopes contabilizou mais de meia dúzia de piões durante o rali. O Subaru Impreza Spec C não tinha nenhum problema, o piloto apenas quis presentear o público com algum espectáculo.

Na sétima posição acabou Carlos Matos em Renault Clio S1600, que repete sagrou-se bi-campeão de F3 (2007 e 2008). A fechar os lugares pontuáveis Paulo Antunes, que venceu o Challenge C2. Seu principal rival Carlos Costa ficou na nona posição (2º do Troféu). No décimo posto surge João Fernando Ramos, que venceu a classe N3, na frente da dupla feminina Isabel Ramos/Carina Barros em Citroën C2, que chegou da Madeira. Em estreia no Campeonato de Portugal, Hélio Jesus e Victor Contreiras foram 13ºs, antecedidos por Paulo Faria no regresso a Sul, com novo projecto da Leiridiesel. A fechar o pelotão estava o incontornável Carlos Lopes, numa provável despedida.

Tentando finalizar o ano com o pé direito, Vítor Pascoal foi dos protagonistas do rali. Aproveitando dos azares de Magalhães e de Fontes, à entrada do último troço viu-se em posição de discutir o rali. Foi traído pela suspensão do Peugeot 207, que impediu de acabar o rali. Também MEX abandonou, não com problemas no espectacular Porsche 997 GT3 (mas sentiu dificuldades nos sinuosos troços de Monchique) mas vítima de indisposição devido a intoxicação alimentar.
Azarados também Ricardo Teodósio e Pedro Conde, no regresso a prova do Campeonato português ficaram-se pela 5ª especial, quando uma roda do Mitsubishi Lancer EVO IX, alugado à Amador Vidal, saltou. Nuno Barroso Pereira também abandonou a prova, não consagrando Nuno Rodrigues da Silva pela 100ª partiicpação em provas do nacional.

A opção de efectuar a Super Especial de Abertura no Autódromo do Algarve foi acertada, pois surpreendentemente (para organização e concorrentes) o público aderiu em massa. Sem números concretos (10.000 a 12.000), os espectadores foram brindados com espectáculo protagonizado pelos intervenientes da prova – Ricardo Teodósio muito exuberante, Bernardo Sousa efectuou um donut em frente à bancada principal, MEX mostrou um Porsche muito rápido e Bruno Magalhães foi majestoso. Nota para a presença de “nuestros hermanos” que foi muito sentida durante todo o rali.
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