segunda-feira, março 31

Red Bull vitoriosa na Argentina

Sebastien Loeb e Daniel Elena averbaram mais uma vitória (39ª) no mundial de ralis. Desta feita, foi na Argentina, saltando para a liderança do mundial de ralis. A novidade desta feita não reside na vitória da dupla francesa, mas sim no facto de terem-na conseguido na estreia do novo patrocinador – a Red Bull.
A prova da Argentina escreve-se em poucas linhas. Primeiro devido ao mau tempo, com chuva e nevoeiro, que promoveram o aparecimento do piso lamaçento e duro, e depois a sorte dos campeões que permitiram mais uma vitória fácil no WRC.


Dois momentos decisivos ocorreram na prova. A primeira especial quando num ápice, Mikko Hirvonen que abria os troços superiorizou-se à demais concorrência por mais de 45 segundos. Depois foi o abandono do finlândes da Ford, na quinta especial, devido a uma quebra de suspensão dianteira quando parecia encaminhar para uma vantagem folgada. Loeb, que confessou surpreendido com o registo de Hirvonen no primeiro troço, assumiu a liderança para não mais a largar. Não somando muitas vitórias em especiais, andava sempre nos lugares da frente, e aproveitando os azares dos mais rápidos, acumulou uma vantagem que se cifrou nos 2:33,2 para o segundo classificado.


Entregue que estava a liderança da prova, as atenções viraram-se para a luta entre os dois Subaru’s de Chris Atkinson e Petter Solberg. A braços com alguns problemas no primeiro dia (amortecedor), Petter Solberg encetou uma perseguição a Chris Atkinson, e “roubou” a segunda posição na primeira especial do dia 2. Depois venceu várias especiais e acumulou preciosos segundos consolidando a segunda posição. Foi uma posição de liderança do norueguês, que depois de algumas exibições menos positivas, necessitava demonstar serviço. Mas, o pior ainda estava para vir, quando no último dia, a 3 especiais do fim o Subaru Impreza teve problemas eléctricos não permitindo que o motor funcionasse. O desalento de Solberg foi visível na camara onboard. A segunda posição ficava, bem entregue, ao Chris Atkinson que repete o resultado obtido no México.

Na terceira posição ficou Daniel Sordo a mais de 4 minutos de Loeb, obtendo uma classificação excelente numa prova com muito pouco brio. A Citroën podia rejubilar de alegria, pois na quarta posição terminou Conrad Rautenbach a vinte minutos de Loeb. Estes dois concorrentes lograram participar em todas as especiais do rali, e talvez seja esse o “segredo do sucesso” porque exibicionalmente foram fracos. Principalmente o zimbabweano, que ainda foi laureado com o prémio Abu Dhabi (não encontraram mais ninguém paupérrimo para dar o prémio) para a sensação da prova. Sinceramente a explicação só pode ser encontrada, no facto de ter finalizado a prova efectuando todas as especiais. Ou então “comprou” o prémio. Enfim, avançando.


Depois aparecem os concorrentes que “beneficiaram” do Super Rally. Mikko Hirvonen foi quinto na prova, averbando alguns bons tempos nos últimos dias, e sendo o melhor Ford. Ficou na frente de Federico Villagra e de Gigi Galli, que também se valeu do Super Rally depois de problemas eléctricos do Ford no segundo dia. A fechar os lugares pontuáveis ficou o vencedor da produção, Andreas Aigner em Mitsubishi Lancer EVO IX, também patrocinado pela Red Bull.


Jari-Matti Latvala foi também outra das figuras da prova. Um despiste na segunda especial do rali, o fez perder nove minutos e a esperança de lutar pela vitória. Latvala volta a desitir na 14ª especial com problemas na suspensão do Focus, mas regressa na última dia, acabando na 12ª posição, e somando alguns pontos nos construtores.


A Suzuki voltou a desiludir. Primeiro Per-Gunnar Andersson nem arrancou para a primeira especial com problemas mecânicos (foi 24º por superrally e pontuou para os construtores), e depois Toni Gardemeister desistiu na especial 8 com a suspensão partida, e depois na especial 20 com problemas hidrálicos no SX4.


As suspensões das viaturas foram muito massacradas durante a prova. Para além de Hirvonen, Latvala, Solberg, Gardemeister, que o diga Henning Solberg que viu literalmente um amortecedor lhe furar o capot do Focus WRC.


Os espectadores voltaram a comportar-se como verdadeiros “animais”, atirando pedras aos concorrentes. É um problema que subsista na América Latina e continua a ser minimizado pelas organizações, culpabilizando sempre o excesso de álcool.


A FIA também não se livrou de críticas, muito fortes, principalmente de Sebastien Loeb, devido ao facto de não autorizarem rasgos nos pneus cedidos pela Pirelli para esta prova. As dificuldades de aderência foram notórias, e as queixas fizeram-se ouvir por parte de vários concorrentes, questionando as condições de segurança com que participaram na prova.

Esta é uma semana difícil para a Federação Internacional do Automóvel, pois estas críticas parecem minimizadas, tendo em conta o escândalo que envolve Max Mosley. O presidente da FIA surge numa combinação bombástica de meninas, álcool e muito “Tau Tau”.


O mundial prossegue a 24 de Abril com a estreia do Rali da Jordânia.

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Bernardo Sousa soma mais um ponto

Muito poucos acreditariam após o abandono na 13ª especial que Bernardo Sousa ainda chegaria ao fim-da-prova nos lugares pontuáveis da Produção. Pois foi o que aconteceu. Essa regra “maravilhosa” que é o Super Rally veio em “socorro” de muitos concorrentes azarados durante as dificeís especiais argentinas. No caso de Bernardo Sousa, que não disputou 6 especiais, portanto totalizando 30 minutos de penalização, chegou ao último dia na 10ª especial, mas os abandonos de Patrik Sandell (Peugeot) e Nasser Al-Attiyah (Subaru) permitiram mais um 8º lugar, somando o segundo ponto do PWRC – 17º classificado geral.

Atenção não digo que foi milagroso, nem tanto que foi só "fruto da sorte" ou imerecido, muito pelo contrário. Bernardo Sousa e Carlos Magalhães entraram na prova com um ritmo cauteloso, mas foram substancialmente consolidando um lugar entre os primeiros do PWRC. Mas o melhor estava reservado para o a segunda secção do primeiro dia. Na 6ª especial do rali – Capilla de Monte-San Marcos2, o madeirense logrou obter a sua primeira vitória numa especial do PWRC superiorizando-se à restante comitiva. Na especial seguinte somou mais uma segunda posição, que no final do dia traduziu numa 6ª posição entre o PWRC. Foi deveras surpreendente (ou talvez não) a prestação do português, que à semelhança do seu colega de equipa.. voou.

Mas a segunda etapa foi “madastra” ao português. Depois de perderem muito tempo após uma passagem num riacho, as coisas complicaram-se na especial nº. 13 devido à quebra da caixa de velocidades do Mitsubishi Lancer EVO IX. A desistência foi inevitável, e estava definitivamente arredado da luta pelas posições cimeiras.
Mas os azares também tocaram aos principais adversários, e à entrada para o último dia de prova encontrava-se na 10ª posição (a quase 38 minutos) de Aigner. Como já referi os abandonos de Sandell e Al-Attiyah permitiram somar mais um ponto, curiosamente deixando atrás de si Simone Campedelli (novamente), e outros 9 concorrentes do PWRC. Se os 30 minutos desaparecessem, Bernardo Sousa podia aspirar ao 6º lugar, mas como os “se’s” de nada valem, esperemos que na Grécia continue a sua brilhante caminhada.

Quanto à classificação do PWRC: Aigner (Mitsubishi) venceu categoricamente, superiorizando-se por mais de um minuto a Sebastian Beltran (Mitsubishi), ficando na terceira posição o sueco Jari Ketomaa (Subaru) que ascendeu à liderança do Agrupamento.

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sábado, março 29

Clube Automóvel de Loulé com nova direcção

Decorreu no passado dia 24, no Auditório do Louletano Desportos Clube, uma Assembleia Geral do Clube Automóvel de Loulé na qual foi eleita a nova direcção, encabeçada por João Martins. A nova equipa, maioritariamente formada por antigos praticantes de rali, apresenta-se com uma nova dinâmica. Apostando no associativismo com o intuito de aumentar o número de sócios, prometem resolver as dificuldades com que se deparam, passando também pela a promoção do Cube e da Modalidade para associar o seu nome a eventos de sucesso.

O principal objectivo centra-se na parceria com o Aero Clube de Beja e Clube Automóvel de Portimão na organização do Challenge de Regional de Ralis. A seu cargo ficará o Rali Serra do Caldeirão que se disputará nos dias 1 e 2 de Novembro.

Constituição dos novos órgãos sociais do Clube Automóvel de Loulé:

Direcção

Presidente – João Martins

Vice-Presidente – António Pedro

Vogal – António Fernandes


Mesa da Assembleia Geral

Presidente – Luís Rua

Vice-Presidente – Brito Lopes

Secretário – João Pinto


Conselho Fiscal

Presidente – Manuel Rita

Vice-Presidente – António Fonseca

Vogal – Hélder Rodrigues

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Pedro Duarte candidata-se ao BF Goodrich Drivers Team

O piloto Pedro Duarte apresentou a candidatura ao Desafio “BF Goodrich Drivers Team”. Aproveitando o facto de preencher os requesitos ao desafio, junta-se a um lote vasto de concorrentes que almeja alcançar o lugar vago na equipa Kronos Racing.
Consciente das dificuldades na selecção, Pedro Duarte é conhecedor dos terrenos algarvios onde se disputa a prova. O piloto algarvio ostenta no seu palmarés o título regional absoluto em 2007, um vice-campeonato em 2004 e vencedor das duas rodas motrizes em 2005, 2006 e 2007. Num campeonato reconhecidamente competitivo confiou no Peugeot 205 GTi para rivalizar com concorrentes maioritariamente com viaturas de tracção total.

Actualmente, encontra-se em ano sabático após ter consumado a venda da sua viatura.

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sexta-feira, março 28

Escort RS 1700T - Testes em Portugal

Tendo em conta a receptividade sobre o histórico do Ford Escort RS 1700T decidi completar com a informação recolhida no Fórum Ralis a Sul, e disponibilizada pelo José Correia.
TESTES EM PORTUGAL
Os testes na zona da Figueira da Foz e Arganil tiveram como objectivo, entre outras coisas, testar duas soluções de motor.
Uma delas, o tal RS1700T que tinha o motor de 1780cm3 sobrealimentado denominado BDT, que era uma versão turbo do célebre motor BDA e que tinha visto a sua cilindrada reduzida para que, com o factor de correcção ficasse abaixo dos 3000cm3 e assim o carro beneficiar em termos da regulamentação dos pesos mínimos. Era o Escort que tinha a matrícula WVW 100W.
A outra com um motor Hart atmosférico derivado da Fórmula 2 denominado Hart 420R de 2300cm3 (o que tinha a matrícula WVW 101W). Foi o único MK III Grupo B com motor atmosférico. Este motor foi desenvolvido a pensar na sucessão do BDA, o que nunca aconteceu.
Os pilotos na altura foram Pentti Airikalla e Ari Vatanen, que se encarregou de destruir o carro com motor Hart mandando-o por uma ravina abaixo e terminar com as comparações! Reza a lenda que antes de partir o carrinho todo já a Ford tinha percebido que o futuro dos motores dos carros de rali seria a sobrealimentação pelo binário disponível a menor rotação.

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"El Pibe" experimenta sensações do WRC

O ídolo argentino Diego Maradona, por muitos considerado o melhor futebolista de sempre, teve ontem uma experiência diferente, para juntar a todas as que já passou na sua vida. Maradona foi por alguns quilómetros "navegador" de ocasião de Loeb, num evento promocional do Rali da Argentina.
Para "El Pibe", ter andado ao lado de Loeb foi "Fantástico, divino, e uma sensação impressionante estar ao lado de um campeão puro-sangue. Ele fez tudo com muita simplicidade, não hesita, e tinha sempre tudo controlado.", referiu Maradona, ao "Diário de Mendoza".

O marketing funcionou? E de que maneira. A passagem de Maradona pela caravana do WRC, mais precisamente na Citroën, foi relatada nos mais diversos órgãos de comunicação social. Promoveu o país, promoveu o jogador, promoveu o piloto, promoveu a equipa, promoveu patrocinadores e promoveu a modalidade. Efectivamente esta é das vezes que é possível referir que todos saíram a ganhar. Desde a passagem de Rossi no WRC que não existia um personalidade mediática à escala global.

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quinta-feira, março 27

Gronholm de "0" no Rali de Portugal

Marcus Gronholm será a grande atracção do Vodafone Rali de Portugal de 2008. O piloto finlandês que colocou um ponto final na sua carreira no último ano, irá participar ao volante de um Ford Focus WRC pintado com as cores do Turismo de Portugal mas com o número "0" nas portas ou seja, como carro de segurança da prova.
De qualquer modo, esta será uma oportunidade rara de ver o Bicampeão Mundial novamente em acção e logo ao volante de um WRC que será o único presente na segunda prova do IRC e na terceira do CPR. Para o piloto finlandês "é uma honra voltar a Portugal e poder colaborar com uma organização de grande nível que leva a cabo uma das melhores provas do mundo de ralis. A minha presença aos comandos de um Ford Focus WRC serve essencialmente para preparar os espectadores para a passagem das equipas participantes no rali, mas tentarei também garantir, desde logo, uma subida de adrenalina, aproveitando as capacidades e competitividade do Focus. Vai haver ainda mais espectáculo, posso garantir!".

Esta é mais uma daqueles "jogadas de mestre"que a organização portuguesa consegue. Fazendo uma retrospectiva dos tempos modernos: Após a saída do WRC trouxe um Didier Auriol num ultrapassado Toyota Corolla, que para muitos seria um flop. A verdade é que tal e qual grande campeão deixou toda a demais concorrência atrás, e deu um recital. Demonstrou estar em grande, sendo chamado para representar a Skoda em 2003.
Em 2003, com a proibição dos WRC, criou uma competição paralela ao Rali de Portugal denominada ACP Centenário. Entre os presentes Juha Kankkunen superiorizou-se com o Toyota Corolla WRC, mas também estiveram presentes Markku Alen (Peugeot 206 - posteriormente foi carro zero), Thomas Radstrom (Toyota Corolla) e Alister McRae (Ford Focus).
Em 2005, e com a passagem para o Algarve, a aposta passava em divulgar a prova fora-de-portas com o intuito de regressar ao mundial. Apareceram os famosos Subaru's brancos. Como carro zero a dupla Sainz/Moya em reunião após separação pós-Ford 2002. Depois os decanos Juha Kankkunen e Didier Auriol, e os jovens Daniel Carlsson, Mikko Hirvonen e Jukka Ketomaki. Nesta prova ainda marcaram presença Daniel Sordo com o C2, e um exuberante Kosti Katajamamki num Suzuki Ignis S2000.
Finalmente, em 2006, o ACP logrou trazer Michael Park de regresso aos ralis, após o trágico acidente no Rali GB de 2005. Mas também marcaram presença Janne Tuohino e Daniel Carlsson no Subaru, assim como um espectacular Aava em Suzuki Swift. Mas a "cereja em cima do bolo" foi o Citroën Xsara WRC de Daniel Sordo que abriu os troços, "aguçando o apetite" para 2007. Isto se não contarmos com os campeões Carlos Bica e Inverno Amaral, num Volvo e Subaru respectivamente, pois o que é nacional também é bom.
Enfim, o Rali de Portugal, mesmo quando fora do mundial tem muitos atractivos.
Complementado de Autosport

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Citroën desenvolve S2000

Após a confirmação da FIA que o futuro dos WRC passa pelos S2000 com turbo, a Citroën podera avançar com o projecto Citroën C3 S2000. De acordo com a revista jugoslava Automagazin, foi o próprio Olivier Quesnel quem confirmou o desenvolvimento da nova viatura, estando a sua estreia programa para 2010.
Entretanto já aparecerem na net algumas imagens sobre o hipotético C3 S2000 (foto ilustrativa).

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quarta-feira, março 26

FIA mudou regulamentação dos WRC

Tal como se esperava, a FIA aprovou a nova regulamentação dos veículos WRC – World Rally Car – que subistituirá definitivamente o modelo actual a partir de 2011.
Os novos veículos mantém a actual regulamentação dos S2000, com a salvaguarda de que é permitida a presença de turbocompressor (proibido nos S2000). Estas viaturas também podem incorporar um aileron traseiro de maiores dimensões, no entanto, ainda não está defenido o tamanho máximo. Outra mudança importante ocorre nos diferenciais do veículo, que deixam de ser electrónicos para serem mecânicos.

Felizmente, a ideia das viaturas de duas rodas motrizes não foi aprovada.

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Escort RS 1700T (1980-1983)

Em 1980, com o lançamento do Escort MK III, a Ford planeou produzir um Escort de tracção traseira com o intuito de substituir o RS MK II de rali – o RS 1700T, com a perspectiva de disputar o mundial de 1983. No entanto, o desenvolvimento da viatura foi marcado por vários problemas que culminaram com o cancelamento do projecto.

Foi na Ford Alemanha que iniciou o desenvolvimento do MK III com o intuito de correr em circuitos, nascendo o RS 1600i. Peter Ashcroft anunciou a decisão de efectuar um programa limitado de ralis com um RS 1600i de Grupo A, com as viaturas entregues a Malcolm Wilson, e posteriormente a Louise Aitken. No entanto devido aos compromissos com a “casa-mãe” em Boheram no desenvolvimento do RS 1700T, o programa foi passado para a MCD of Widnes (mais tarde conhecida como R.E.D. – Rally Engineering Developments), que preparara Ari Vatanen em 1982. A RED entregou o seu primeiro veículo na véspera de Natal de 1982, e o segundo ficou pronto antes da primeira prova do campeonato Britânico – Rally Mintex, a 25 de Fevereiro.

O Ford Escort RS 1700T foi desenvolvido durante dois anos. Os planos para esta viatura passavam por substituir com sucesso o seu antecessor – o mítico Ford Escort RS 1800. O RS 1700T foi o primeiro Grupo B preparado pela Ford.

Foi o primeiro turbo da Ford, com as seguintes especificações:Tracção traseira com motor BDT longitudinal, de 1778 cc, com 200 cv na versão de estrada e 350 na versão de competição; bloco em alumínio, desenvolvido pela Ford e Cosworth; suspensão independente; 210 km/h de velocidade máxima.

O projecto foi cancelado quando Stewart Turner assumiu o controlo da Ford Motorsport (pela segunda vez). A viatura apresentava problemas de fiabilidade e competitividade, e comparativamente aos principais rivais obsoleta. O abandono do RS 1700T promoveu o aparecimento de um dos mais espectaculares e míticos carros da Ford, o RS 200, numa aposta num projecto de raiz com tracção total.

Apenas foram feitas 18 unidades do RS1700T. A maioria desapareceu devido a acidente, mas ainda existem alguns exemplares.

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terça-feira, março 25

O Regresso às Notas Gestuais

Parece que a moda está de volta. O empenho que os navegadores têm para com o seu trabalho dentro da viatura é tal que não poupam esforços para o demonstrar.
Depois de Martinlongo, voltou a ocorrer no Rali Portas de Rodão, com a particularidade desta ter ser uma prova do Open, pelo que o mediatismo é substancialmente superior.
Vicente Antunes, navegador de Eduardo Antunes num Datsun SSS, não poupou no esbracejar. Se dependesse dele o resultado seria melhor, mas tendo em conta a rivalidade e as características da prova, a 37ª posição (11º entre os clássicos) acaba por ser positiva.

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segunda-feira, março 24

Mal de uns…

Para o mal de uns, o bem de outros. O piloto nortenho Vítor Lopes não irá marcar presença no PTCC, desistindo do projecto do Alfa Romeo 156, antes do ínicio do campeonato. A mudança de calendário resultante do adiamento da primeira prova, levou o piloto a desistir do regresso às pistas.
Mas por outro lado, essa decisião viabiliza o regresso, embora que esporádico, aos ralis. Depois de vender o Citroën C2 S1600 para Fernando Casanova, Vítor Lopes deverá regressar ao Rali FCP com um Subaru Impreza, envolvido na troca com o piloto açoreano.

Vítor Lopes que tem no seu currículo algumas vitórias na F3 nacional, há algum tempo vê-se arredado dos bons resultados. Depois de uma experiência com um Subaru Impreza, e de um Clio RS, o piloto otpou por ficar com o C2 S1600 ex-Citroën Portuguesa. Depois de uma temporada no nacional dispoendiosa, mudou-se para o campeonato madeirense onde apenas se disputam provas de asfalto. Depois de algumas provas menos conseguidas, otpou por colocar a viatura à venda, abandonado o regional após o Rali Vinho Madeira.

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sábado, março 22

Bijvelds na Madeira em 2002

Um dos momentos de maior frisson vividos no Rali Vinho Madeira ocorreu em 2002 na Super-Especial de abertura. Como é habitual, o público madeirense deslocou-se em massa à Avenida do Mar. Com uma boa "colheita" de concorrentes, a prova de 2002 prometia muito espectáculo, e ninguém queria perder pitada. Alguns toques à passagem dos primeiros concorrentes à frente da Estátua da Autonomia deixavam indicadores sobre o que se iria passar.
Pela primeira vez na Madeira, Peter Bijvelds e Piet Bijvelds (filho e pai holandeses) prometiam espectáculo e luta pelos lugares cimeiros. Mas a participação no Vinho Madeira, com o Mitsubishi Lancer EVO VI de turismo, ficou-se pelo primeiro quilometro da Super-Especial de Abertura. Após a passagem de uma chicane (EEM) seguia-se uma sequência rápida frente à Estátua da Autonomia, que culminava numa ligeira esqerda com direita junto à Alfândega. Com algum optimismo à passagem após a Empresa de Electricidade, o holandês deu uma toque lateral no conjunto de pneus à sua esquerda, mas que impulsionou a viatura contra o outro lado da estrada. O embate contra duas palmeiras localizadas no passeio central foi crucial para que não ocorresse uma tragédia. Ao mesmo tempo passava o Toyota Corolla WRC de Enrico Bertone na outra faixa, que já havia começado a Super Especial e por pouco não foi atingido pelo carro de Bijvelds.
O ambiente ficou pesado, pois o susto da situação, provocou algum pânico, muito receio, principalmente por aqueles que se aperceberam do despiste, mas não viram se alguém havia ficado ferido (ou pior, se o carro havia atingido a grande moldura humana). Felizmente, as palmeiras eram fortes e amorteceram a viatura. Apenas Piet Bijvelds sofreu escoriações que o levaram ao Hospital.
Dois anos depois, por infortúnio do destino, Piet Bijvelds perdeu a vida no decorrer do Rali do Luxemburgo. Na passagem de uma chicane, Peter Bijvelds num Mitsubishi EVO VII, perdeu o controle da viatura embatendo com alguma violência numa àrvore, seguida de um muro. Ao que consta quando retiraram as notas, a chicane não estava presente no local, mas estava sinalizada no roadbook, facto que passou despercebido à equipa. Determinante foi o que sucedeu antes, pois nessa especial (provavelmente um furo, ou um problema com a viatura) Piet Bijvelds havia retirado o cinto de segurança. Por esquecimento, ou por falta de tempo, não o voltou a colocar o cinto e quando ocorreu a saída fatal não o tinha posto. O embate foi de tal forma violento, que a causa de morte foi a quebra do pescoço, após bater com a cabeça no pára-brisas. Piet Bijvelds faleceu com 62 anos, ao lado do filho Peter.
Ainda hoje, quando se realiza a Super Especial da Avenida do Mar vem à memória o acidente do Mitsubishi branco.
O video encontra-se disponível na net:

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sexta-feira, março 21

Peugeot Testou em Fafe

Voltaram os grandes testes ao Norte de Portugal. A equipa oficial da Peugeot no IRC, gerida pela Kronos Racing, realizou alguns dias de testes na zona de Fafe durante a presente semana.
Nos dois primeiros dias, Bruno Magalhães foi o piloto encarregado de testar as diferentes afinações no Peugeot 207 S2000. Esta escolha do piloto português foi um reconhecimento por todo o profissionalismo, rapidez e empenho do campeão nacional.

Nos restantes dias, Nicolas Vouilloz tomou as rédeas do “leãozinho”. Não só para recuperar o ritmo competitivo, mas também para se relacionar com a equipa que representará esta época. Ele que é apontado com favorito ao título, depois das exibições, algumas coroadas de vitória na temporada passada ao serviço da Peugeot España.

Para além de Vouilloz, também Freddy Loix irá tripular um 207 da Kronos Racing, e um português escolhido através do BF Goodrich Drivers Team. Neste momento são muitos os candidatos. Entre eles Jorge Pinto, António Rodrigues, Rui Madeira, Ricardo Teodósio, Pedro Clarimundo, Rui Sirgado, Pedro Peres e Diva Teixeira.

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quinta-feira, março 20

Citroën vestida pela Red Bull

A partir do próximo Rali da Argentina a Citroën aparecerá com nova decoração, fruto da parceria que efectuou com a marca de bebidas energéticas Red Bull.
As primeiras imagens da viatura já são conhecidas, e deixam os tons TOTALmente vermelhos aparecendo com as imagens do touro nas portas rodeadas pelo azul escuro típico da Red Bull. Infelzimente a imagem do touro ficará parcialmente tapada com os números de porta, e patrocinadores dos ralis.
É uma notícia um tanto ou quanto surpreendente, que vem animar o mercado " decorativo" que já caia em monotonia. As informações foram recolhidas em meios de comunicação alemães.
Deixo outra imagem para aguçar a curiosidade.

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quarta-feira, março 19

Trivino desclassificado no Rali do México

A FIA confirmou que Ricardo Trivino, que havia finalizado na oitava posição no Rali do México, foi desclassificado da prova devido ao uso de luvas de competição com a especificação incorrecta.
Os comissários desportivos desclassificaram-no no segundo dia de competição, depois de um relatório de um delegado técnico da FIA que relatava o uso incorrecto do equipamento de segurança por parte do piloto mexicano.

Trivino, que tripulou um Peugeot 206 WRC privado, incialmente apelou da decisão e foi-lhe permitida a continuidade em prova. Mas o recurso não foi confirmado, pelo que a decisão dos Comissário Desportivos é definitiva.

A exclusão de Trivino significa que perde o ponto para o mundial de pilotos, que passa agora para o vencedor do JWRC Sebastien Ogier. O piloto francês para além de somar o melhor resultado de um concorrente do mundial júnior, passa também a ser o único que logrou pontuar à geral numa prova do mundial.

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João Fontaínhas - Rallyprofile

O Nuno Fontaínhas decidiu criar mais um videoclip de ralis com a qualidade que lhe é reconhecida. Desta feita decidiu homenagear ao seu irmão João Fontaínhas, um dos concorrentes mais espectaculares e exuberantes que já passaram pelo Campeonato Regional do Sul, sempre a bordo dos Ford Sierra. Sempre candidato à vitória, obteve vários triunfos nas provas e somou dois títulos regionais. Retirado à alguns anos da competição, este video serve para recordar ou dar a conhecer um dos melhores do Sul.

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terça-feira, março 18

Um francês chamado Sébastien...

Sébastien Ogier era um nome completamente desconhecido no mundo dos ralis internacionais até há alguns dias atrás...mas Sébastien Loeb, também o era quando começou! O piloto francês, vencedor do JWRC no México só era conhecido no seu país, e iniciou agora a sua carreira internacional, e logo com uma vitória. Um francês chamado Sébastien deixa os adeptos no mínimo...curiosos.
Sebastien Ogier estava bem consciente do desafio que enfrentava antes da partida para o Rali do México: "Não sabíamos o que esperar desta prova, e tanto a PH Sport (preparadora do carro - ndr) como os ralis mundiais eram completamente novos para mim, para além de que não tinha qualquer base de comparação, de forma a saber com o que podia contar. Tudo correu bastante bem, e como é óbvio estou muito contente por esta vitória na minha estreia no JWRC", referiu Ogier.

Contudo, em França, Ogier é bem conhecido! A FFSA, Federação Francesa do Desporto Automóvel há algum tempo que apoia as carreiras de jovens pilotos. O nome mais famoso, como não podia deixar de ser é...Sebastien Loeb:

"Este ano a Federação quer ainda mais!", explicou o seu presidente, Nicolas Deschaux: "Pela primeira vez a FFSA decidiu proporcionar a um jovem piloto a oportunidade de correr numa competição internacional de relevo, neste caso o JWRC, num carro competitivo.", referiu Deschaux.

O "brinde", claro está, saiu ao jovem de 24 anos, que venceu a Peugeot 206 Cup francesa no ano passado, e o "prémio" será disputar toda a época da JWRC num Citroen C2 S1600. A próxima parte da história já está escrita nos livros da história dos ralis: Ogier liderou a categoria no México, desde o princípio até ao final da prova, e só mesmo um furo e a direcção torta na sequência dum embate numa pedra, foram problemas, ao longo dos três dias de prova.

O seu nono lugar à geral no Rali do México igualou a melhor classificação de sempre conseguida por uma carro da JWRC nos sete anos de história da competição da FIA. No final, quem melhor do que Sébastien Loeb para destacar o feito do seu compatriota: "Parabéns! Chegou, liderou, controlou e venceu!" Palavras de campeão....para campeão?

Retirado de Autosport

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Race Retro 2008

Durante o fim-de-semana decorreu algures na ilha britânica um evento chamado Race Retro, que juntou alguns exemplares do Grupo B. Não existem palavras que descrevam estas máquinas. O seu ar saudável e esplendoroso só pode deixar saudades e o sentimento nostálgico.

Agradeço ao João Brito por disponibilizar este video no Ralis a Sul.



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domingo, março 16

Peres regressa às vitórias

A dupla Pedro Peres e Tiago Ferreira em Ford Escort Cosworth dominaram de forma avassaladora a segunda prova do Campeonato Open, o Rali Portas de Rodão. Adoptando um ritmo infernal nas rápidas especiais de Vila Velha de Rodão e Nisa, Peres chegou a efectuar médias superiores a 129 Km/h, e deixou a demais concorrência a milhas.
Jorge Santos ficou na segunda posição com o Citroën Saxo Kit Car. O piloto de Baltar assumiu uma posição defensiva antes da prova, no entanto tal não se verificou, pois “espremendo” ao máximo um Saxo com pouca velocidade de ponta, acabou na segunda posição averbando mais um pódio.

Atendendo às limitações da viatura, João Ruivo e Alberto Castro no Fiat Stilo JTD pouco mais podiam fazer do que lutar pelo pódio, e assim o fizeram. Acabaram na terceira posição e principalmente conseguiram segurar a liderança do Open.

Finalmente Octávio Nogueira chegou ao final de uma prova com o Citroën Saxo Kit Car. Recuperando de uma queda de moto, participou numa prova onde a relação de caixa do Saxo não era favorável , foram impeditivos de lutar pelos lugares cimeiros. Almejou recuperar várias posições e acabou na quarta posição, que servirá de estímulo para o resto do campeonato.
Um pouco melhor que em Martinlongo, a dupla do Cartaxo Luís Mota / Ricardo Domingos efectuaram uma prova atacante. Mais rápidos e nos lugares cimeiros, para além do quinta lugar final, foram segundos dos 4x4 com o Lancer EVO IV.

José Sousa impôs-se entre os clássicos, somando nova vitória no Open (Frederico Ferreira foi desclassificado em Montelongo) e foi sexto da geral. Desta feita a rivalidade veio da parte de Joaquim Santos com o Ford Escort RS 1800, que ficou a apenas 8,5 segundos. Aníbal Rolo foi um dos pilotos do rali, chegou a comandar, mas um pião retirou-lhe a hipótese de lutar pela vitória, apesar de vencer vários troços.

Representante algarvio, José Teixeira foi chamado à “ultima hora” para navegar Rogério Martins na estreia com o Seat Marbella, que o piloto de Sintra usará no Open. Tendo em cota as características da viatura, do traçado da prova e à inexperiência do piloto poderá considerar-se uma prova evolutiva. Comparativamente a concorrentes com máquinas mais evoluídas efectuou tempos relativamente próximos, pelo que o último lugar na prova não seria desprestigiante. Certamente com outros Marbella’s a comparação será diferente.

A sorte nada quer com Ricardo Teodósio / Pedro Conde no Open. Voltaram a abandonar com problemas de motor, sem demonstrar o verdadeiro potencial do piloto e do carro. Um erro da organização os fez comandar o rali na primeira especial com 24 segundos de vantagem sobre Peres, com média acima dos 146 Km/h. Depois veio a rectificação, pois a verdade é que nos registos de tempo averbaram menos um minuto na especial.

O Rali Portas de Rodão teve, para além dos entregues pelas classificações oficiais, um prémio atribuído ao piloto que os Órgãos de Comunicação Social presentes entenderam ser a figura do rali. Assim e por decisão unânime, Pedro Peres foi o escolhido para receber o “Prémio Paulo Correia”, uma homenagem ao malogrado mecânico da Peres Competições que faleceu em 2007 precisamente no Rali Portas de Ródão quando carregava o carro da equipa. No final a família (Mãe e Irmã) de Paulo Correia fez a entrega do prémio a Pedro Peres numa cerimónia, como previsível, bastante emotiva.

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Caldeira superioriza-se no Open

Mesmo com uma viatura diferente Emanuel Caldeira e Vasco Mendonça mostraram que quem manda no Open madeirense. Apesar de surpreendidos na primeira especial de classificação, a partir da segunda subiram ao topo da classificação para nunca mais o largar. Foi a única presença do VW Golf Kit Car no Open, mas fica o registo de sucesso.
Com o bonito Ford Sierra Cosworth, Mário Oliveira foi o principal rival de Caldeira. Começou com o pé direito, vencendo a primeira especial – Pedra do Poiso 1, com 1,6 segundos de diferença. Mas depois, Caldeira esmerou-se e o "Choka" teve de se contentar com a segunda posição, acabando a 11,8 segundos.

A fechar o pódio Filipe Pires, que contrariamente ao esperado, teve de se apresentar com o Citroën Saxo, devido a atrasos na preparação do R5 Turbo. Protagonizou uma animada luta com Paulo Caires, em Peugeot 106 Maxi, acabando por se superiorizar por 8,7 segundos, após uma fase inicial menos conseguida.

Francisco Tavares no Toyota Corolla 1.6,não teve uma prova fácil. Começou a perder algum tempo na primeira especial de prova, mas recuperando tempo (e posições) averbou a 5ª posição na frente de Rui Nunes com o espectacular Ford Escort RS MKII.

De notar os abandonos de José Mendes em Ford Escort MKI e de Samir Sousa no Peugeot 206 RC, que normalmente disputam os lugares cimeiros.

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Camacho vitorioso na Camacha

O primeiro duelo de “leões” no Campeonato Madeirense de Ralis saiu favorável à dupla Alexandre Camacho / Pedro Calado. Sem dar hipóteses aos principais adversários, Alexandre Camacho venceu todas as especiais do rali (uma delas ex-aqueo) e foi aumentando a vantagem, e ritmo durante toda a prova. O piloto da Olca Team finalizou com uma vantagem de 25 segundos sobre os principais rivais Vitor Sá / Humberto Freitas com o Peugeot 207 S2000 da Sá Competições. O deca-campeão madeirense certamente não estará satisfeito com o resultado. Depois de uma primeira secção mais equilibrada, onde não deixou Camacho se afastar (apenas 6,3s após a primeira secção) Sá foi perdendo terreno, e pensará qual a resposta a dar. Mas como grande campeão que é, prepara já a próxima temporada. Relembro que em 2005 também entrou a perder e no final o resultado foi mais um título.
Filipe Freitas em Renault Clio S1600 fechou o pódio, vencendo a categoria A6 de forma incontestável, superiorizando-se aos principais rivais dos Peugeot S1600. Miguel Nunes acabou na 4ª posição a 31,6 segundos de Filipe Freitas, e protagonizou animada luta com o seu irmão António, até que este abandonou na sétima especial devido a um despiste, após um furo, no Peugeot 206. Nesta categoria uma nota para o abandono na primeira especial de José Carlos Magalhães com o Fiat Punto S1600 com o motor partido, e para o facto de Miguel Ferreira não ter arrancado para o rali, pois não concretizou a aquisição do Peugeot S1600.


Como seria esperado o Grupo N foi disputado pelos “homens dos EVOIX”. Rui Pinto andou melhor nas primeiras especiais, revelando uma excelente adaptação à nova viatura. Mas gradualmente problemas mecânicos fizeram-no perder muito tempo, deixando João Magalhães e Rui Fernandes afastaram-se numa luta pessoal. Na 5ª especial Rui Fernandes, que já se queixava a electrónica do Lancer, perdeu mais de 2 minutos e meio, afundando-se na classificação. Sem surpresas, com andamento vivo e sem percalços João Magalhães / Jorge Pereira venceram a classe, acabando na quinta posição.


Uma das surpresas da prova foi protagonizada pelos C2 de João Ferreira e Luís Serrado. Numa luta sem tréguas averbaram muito bons tempos, e foram nos pormenores que se decidiu o escalonamento final. Na sexta e sétima posição respectivamente ficaram separados por 2,5 segundos.


A oitava posição ficou para Duarte Ramos com o Citroën Saxo, fechando o lote de lugares pontuáveis. A nona posição ficou com Rui Fernandes que recuperou algumas posições no final. João Moura fechou o top ten, após uma luta muito interessante com Alexandre Jesus na estreia com o Renault Clio R3.


Finalizaram 20 concorrentes dos 24 presentes à partida.

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sexta-feira, março 14

Mundial com 2 Rodas Motrizes

No próximo dia 26 o Conselho Mundial se reunirá para decidir o futuro do WRC. As opções em cima da mesa passam por manter o WRC, ou substituí-los por uma viatura baseada nos S2000 com motor turbo, mas também surgiram rumores que Max Mosley poderá pressionar para que os carros sejam de duas rodas motrizes com motores 1.6 ou 1.8 turbo.
Vindo da FIA, a medida que parece uma partida de 1 de Abril, até não surpreende, pois todos os anos mudam de opinião sempre com intensões desconhecidas, pois aumentar a competitividade ou o espectáculo com certeza não será. Depois de “assassinarem” os kit-car 2.0, os S1600, e brevemente os WRC, também já pensam em “matar” os S2000. Ou as marcas reunem-se e discutem seriamente a permanência no mundial, quais os objectivos de futuro, ou fazem como a F1 e pressionam com a perspectiva de um outro campeonato mundial. Por falar nessa hipótese, cada vez mais concorrentes e equipas manifestam interesse no IRC, e ao jeito que as medidas são tomadas, brevemente será uma competição mais competitiva e apelativa que o próprio mundial.
Quem também não gostou foi a Subaru que ameaçou sair do mundial, argumentando que o seu mercado alvo são as viaturas de tracção integral, e não os duas rodas motrizes.

Previsão pessoal: Próxima medida do Max Mosley – Todos as viaturas do WRC baseadas no TATA NANO ou FIAT 500.

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quinta-feira, março 13

Camacha também com Open

A par do Campeonato da Madeira de Ralis, também arranca o Campeonato Open da Madeira. Sendo uma alternativa que importam menos custos, e com a possibilidade da presença de carros homologados, foi sem surpresas que alguns concorrentes optassem por esta categoria. Estão inscritos 23 concorrentes nas mais diversas viaturas – desde clássicos, VSH e homologados. Graças a eles, a prova totalizará quase uma centena de concorrentes, pelo que certamente aumentará o interesse dos espectadores.

Foram muitas as mudanças relativamente à época passada, com natural destaque para o campeão em título, Emanuel Caldeira que irá estrear e despedir-se do VW Golf Kit Car III (ex-Paulo Rebolo). Emanuel Caldeira encontra-se a preparar um Ford Escort MKII e um Ford Sierra Cosworth para disputar o campeonato Open, mas nenhuma das viaturas se encontra finalizada pelo que a opção passou pelo VW. Depois da prova essa viatura será encaminhada para Espanha, pois um piloto já manifestou interesse na compra da mesma.

Mário Oliveira também apresenta nova máquina, desta feita um espectacular Ford Sierra Cosworth RWD, com cores oficiais, adquirido em Itália. O popular “Choka” que contará com a navegação de Marco Sousa espera evoluir durante a presente temporada, não só para alcançar resultados, mas para presentear o público com algum espectáculo.

De ingresso no Open está Filipe Pires. Depois de falhadas as conversações para a aquisição de um Renault Clio R3, a Pires Competições virou-se para os clássicos. A aposta recaiu sobre um Renault 5 Turbo “Cevennes” de 1980, recentemente adquirida no norte do país. A passagem para uma veículo clássico de tracção traseira requere alguma adaptação, segundo palavras do piloto, pelo que não será de esperar grandes resultados de início.

Destaque para o regresso de Rui Nunes, com o Ford Escort MKII, após dois anos parados (apesar de efecutar algumas provas como carro de segurança), e para Francisco Tavares que tem evoluido com o Toyota Corolla 1.6.

Há que contar também com a jovem equipa Team Herbie Car. Miguel Andrade abandonou o Mini Cooper e adquiriu o Renault 5 GT Turbo de Luís Sousa. Da equipa também fazem parte Duarte Pereira em Escort MKI e Vitor Freitas num 5 GT Turbo.

Samir Sousa deixa o Nissan Sunny “na garagem” e aposta no 206 RC, enquanto que Paulo Caires em Peugeot 106 Maxi; Paulo Abreu e Ricardo Andrade ambos em Saxo; Emanuel Martins num Corsa; Lino Silva em Toyota Yaris e Nélio Velosa num Toyota Starlet transitaram dos consagrados.

Interessante será a luta de Cinquecentos que contará na primeira prova com 3 concorrentes: Gonçalo Félix, José Gouveia e Rui Rodrigues.

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quarta-feira, março 12

Skoda aposta forte no S2000

O preparador francês Oreca está colaborando com a Skoda no desenvolvimento do Fabia S2000. A Oreca ficou encarregada de desenvolver o motor e a aerodinâmica da viatura, contando como à cabeça com Mario Fornaris, antigo responsável pela equipa mundial da Mitsubishi.
A Oreca é conhecida internacionalmente pelas suas presença em provas de velocidades, que conta entre outras as 24 Horas de Le Mans.
De Espanha chegam informações que dão conta da colaboração de Carlos Sainz no desenvolvimento do modelo checo. Não será de todo infundamentadas tendo em conta a ligação do espanhol ao grupo VW, e também ao facto de já ter usado um Skoda Fabia WRC de Kopecky no Rally de Shalymar (Madrid). Actualmente, o piloto de testes é Sebastien Lindholm, mas em competição deverá estar reservado para Jan Kopecky, que esta temporada adquire experiência com S2000, disputando algumas provas do WRC e IRC, com os modelos da Fiat e Peugeot.
Os espanhóis falam já na hipótese de Carlos Sainz voltar a participar no Rali Shalymar - que se disputa nos arredores de Madrid e que este ano subiu ao Nacional - novamente ao volante de um Skoda Fabia, mas agora no novíssimo S2000.

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Recordando o Slalom de 2004

A primeira prova do Troféu de Slalons do Sul decorreu no passado fim-de-semana em Vila do Bispo e foi ganha por Rui Coimbra no Opel Corsa 1.6. Apesar de contar com um leque interessante de concorrentes, a competição já viveu melhores dias.
Fui ao meu "baú das recordações" e encontrei um filme do primeiro slalom algarvio dos tempos modernos. Organizado no evento Expodesporto de Portimão contou com muitos concorrentes num variado leque de viaturas e com muito público. A prova serviu principalmente para o espectáculo, com muitas atravessadelas, slides, piões, enfim tudo o que os espectadores gostam. Entre eles contavam nomes conhecidos dos regionais a sul, como são o caso de Luís Nascimento, Augusto Páscoa, Artur Cruz, Ledesma dos Santos, Paulo Nascimento, Márcio Charata, José Jesus, João Monteiro, Jorge Brito, Bruno Alambre... e uma equipa Yuri e Yara.
Pço desculpa pelo facto das imagens não terem qualidade, mas já têm 4 anos, e na altura foram gravadas pelos Windows Movie Maker a partir de um cartão de 16Mb da handycam. Como se não bastasse ainda tive que compactar. Infelizmente não sei onde pára a cassete destas filmagens. Na mesma:Expodesporto - Slalom de Portimão 2004.

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terça-feira, março 11

Primeiro Round S2000 na Camacha

O Campeonato da Madeira de Ralis tem o arranque marcado para este fim-de-semana, com a disputa de mais uma edição do Rali da Camacha. Acompanhando a tendência nacional, a lista de inscritos regional sofreu um decréscimo acentuado em relação às últimas temporadas. Apenas 27 concorrentes inscreveram-se na primeira prova do regional, diminuindo a quantidade mas mantendo a qualidade competitiva a que o regional nos habituou.

O grande destaque vai para a luta entre os S2000, de Vitor Sá e Alexandre Camacho. O campeão madeirense parte em vantagem, pois já havia usado um S2000 na temporada passada, mas mudou de marca. Vitor Sá optou pelo Peugeot 207 S2000, mantendo a assistência da Barroso Sport, e contando com as notas do regressado Ornelas Camacho. Por outro lado, Alexandre Camacho conseguiu os patrocínios suficientes para tripular um Peugeot 207 S2000, contando desta vez com a navegação de Pedro Calado.

Será o reatar da luta de 2006, quando ambos tinham os S1600 competitivos (Renault e Peugeot) e muitos relataram ser o final do dominío Sá. Desta feita os argumentos são muito equitativos – viatura semelhantes, duas estruturas competentes (Peugeot Sport e Barroso Sport), dois pilotos rápidos e com conhecimento de terreno, sendo que o factor desiquilibrante reside na disponibilidade financeira.

A passagem de Alexandre Camacho para um S2000 deixou a classe S1600 mais pobre, mas não menos competitiva. O favoritismo recaiu sobre Filipe Freitas com o Renault Clio S1600, que enquanto espera pela oportunidade de um S2000 mantém a aposta na classe A6. Por outro lado, os irmãos Nunes (António e Miguel, ambos em Peugeot 206) entram motivados na nova temporada depois do pódio alcançado no Rali do Faial. As estreias ficam reservadas para José Carlos Magalhães com um Fiat Punto S1600, e para Miguel Ferreira que adquiriu o Peugeot 206 S1600 ex-Alexandre Camacho.

A passagem das viaturas S2000 para o agrupamento de Turismo, deixa a porta aberta aos Grupo N convencionais para um campeonato competitivo. Isto apesar de João Magalhães ter conquistado o título de 2007 com Mitsubishi EVO IX, e ser dos principais candidatos a revalidá-lo. Como rivais terá os decanos da classe - os "Rui's". Rui Fernandes mantém a aposta no Mitsubishi, enquanto que Rui Pinto depois de um ano menos conseguido resolveu deixar de parte o Subaru Impreza, e adquirir o Mitsubishi Lancer EVO IX à Top Run, utilizado por Renato Travaglia no R.V.M. Será uma luta muito interessante de "nove's".

Nota final para a estreia do Renault Clio R3 da ARC Sport por Alexandre Jesus / Victor Calado, que infelizmente, é a única viatura da classe A7 em prova.

A prova é constituída por 8 especiais de classificação, totalizando 89,78 quilómetros cronometrados e disputada integralmente no Sábado, dia 15 de Março.

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segunda-feira, março 10

Larry Cols sofreu um acidente grave

Durante uma sessão de testes de preparação para a temporada 2008 com a sua nova equipa, o belga Larry Cols sofreu um aparatoso acidente com o Polo S2000. Do acidente resultou a morte de Hans Goudezeune, filho do piloto Gaby Goudezeune e engenheiro da equipa de René Georges. Cols sobreviveu ao acidente mas encontra-se internado no hospital em estado crítico. Ao que tudo indica, quando numa das sessões de testes navegado por Hans Goudezeune, Cols perdeu o controlo da viatura embatendo com violência contra uma árvore.


Às vezes as más notícias viajam aos pares, e se é certo que não passa de uma crença injustificada, também é verdade que após o acidente de Aghini no Rally del Ciocco perdeu-se outra vida.

Larry Cols é conhecido do publico madeirense, pois já participou em duas edições do Rali Vinho Madeira. Em 1997 incluído na Copa Cinquecento, e em 2001 com Dany Colebunders com o Peugeot 206 WRC da Bastos, acabando na 13º posição. No Rali de Portugal apenas participou em 1999 com um Mitsubishi Carisma GT de Agrupamento de Produção.

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Convidados para o Rally de Portugal

Durante a semana passada, na apresentação do Rally de Portugal foram divulgados os nomes de alguns dos pilotos que constam da lista de convidados da organização da prova.
Como cabeça-de-cartaz o francês Didier Auriol disputará a prova com um Fiat Punto S2000. Não deixa de ser surpreendente este wildcard, pois há umas semanas a Grifone garantia a presença em algumas provas do IRC com o Corolla/Auris S2000 com Auriol, sendo Portugal uma das escolhidas. Ou existiu um recuou da Grifone, ou então uma alteração de viatura, uma vez que a Grifone também possui nas suas fileiras o Punto S2000, viatura que o francês também já testou. Quase a chegar aos 50 anos, Auriol tem um currículo invejável do qual sobressai o título mundial em 1994 com o Toyota Celica. Seu maior sucesso na prova portuguesa foi em 2002, já com o rali fora do mundial, com um Corolla WRC. De resto conta com 4 pódios (3 segundos e 1 terceiro lugar). A sua última participação ocorreu em 2005 como piloto convidado para tripular um Subaru Impreza WRX, acabando a prova após uma saída de estrada. Não apresentando os níveis competitivos para lutar pela viória, certamente o seu carisma ou mediatismo devem ter pesado na escolha pelos elementos da prova.

Também em Fiat Punto S2000 aparece o François Duval. Depois de uma presença no mundial como piloto oficial pela equipa Stobart, onde obtive a quarta posição com um Ford Focus WRC, o belga encontrasse afastado da competição. A sua participação com um Punto S2000 não é inédita. No ano passado, tripulou um Fiat da AutoMeca no Rally de Condroz e venceu. Piloto rápido e exuberante, sente-se particularmente à vontade em pisos de asfalto, embora a única vitória que detenha no mundial de ralis foi no Rally da Australia de 2005, quando tripulava um Citroën Xsara oficial. É dos pilotos que conseguem surpreender tudo e todos pelos bons e pelos maus motivos – o mesmo será dizer pelo andamento demonstrado, como pelos erros infantis que às vezes comete.

Da Finlândia chega Juho Hanninen. Um dos principais adversários de Armindo Araújo e Bernardo Sousa no Campeonato Mundial de Produção é um piloto rapidíssimo, com uma condução extraordinária e exuberante que no último ano lhe valeu alguns amargos de boca, nomeadamente despistes aparatosos. A sua exibição no Rally da Suécia deste ano foi assombrosa, lutando taco-a-taco com o Peugeot 207 S2000 de Patrik Sandell. Mesmo depois de assumir a liderança com uma vantagem considerável (fruto de um erro de Sandell) não baixou os braços, e vingou a desclassificação da temporada passada. Esta rapidez já lhe valeu a participação em três provas do mundial com um Mitsubishi Lancer WRC, das quais destaco o 8º lugar na Sardenha, que lhe deu o único ponto no WRC. Será interessante a forma como abordará à prova, agora que “joga no terreno do adversário”.

Finalmente, e mais importante, a presença de Armindo Araújo e Miguel Ramalho com o Mitsubishi Lancer EVO IX. A dupla portuguesa do PWRC volta a jogar em casa, e com “armas semelhantes ao inimigo”. Depois da prestação menos conseguida do ano passado com o WRC, Armindo Araújo volta com o EVO IX e concerteza quer mostrar serviço. Sem pressão dos pontos, nem nenhuma competição directa, terá carta branca para atacar a vitória. Esta será a prova ideal para se mostrar internacionalmente: com a divulgação da Eurosport, com uma lista de adversários competitiva, e com o conhecimento do terreno (a sua exibição em 2006 foi brilhante) é, a par com Bruno Magalhães, a esperança portuguesa para alcançar a vitória. Mesmo com as diferenças entre S2000 e Grupo N convencionais, Armindo têm uma palavra a dizer.

Falta referir que está já está em marcha o desafio BF Goodrich Drivers Team, com o qual a marca de pneus em parceria com a Kronos e ACP irão escolher um concorrentes para disputar o Rali de Portugal com um Peugeot 207 S2000. Actualmente está em fase de recepção de candidaturas, cujos requesitos consistem em ter licença desportiva FPAK num dos úiltimos três anos, nacionalidade portuguesa e enviar um currículo desportivo. Posteriormente, será feita uma pré-selecção de três candidatos que depois serão escolhidos por um júri constituido por um representante do ACP, um da BF Goodrich e 15 jornalistas. Actualmente são alguns os nomes referenciados como candidatos: António Rodrigues, MEX Machado dos Santos, Jorge Pinto, Ricardo Teodósio e Miguel Campos estão entre eles.

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domingo, março 9

Tragédia no Rally Ciocco

Infelizmente estão de regresso as notícias trágicas ao mundo dos ralis. O Rali de Ciocco, prova inaugural do Campeonato Italiano de Ralis, foi interrompida após a morte duma espectadora, que foi atropelada pelo Subaru Impreza WRX de Andrea Aghini.
Ao que parece, a referida espectadora levou um cão para a especial, e terá sido numa altura em que tentava apanhar o animal, que lhe tinha fugido, que se deu o embate com consequências fatídicas.
As quatro equipas oficiais presentes na prova (Abarth, Mitsubishi, Peugeot e Subaru) apoiaram de imediato a decisão de dar por terminada a prova. Para Aghini, esta foi a segunda vez que esteve envolvido num acidente mortal, já que há uns anos atrás, o seu co-piloto Loris Roggia, faleceu quando ambos se despistaram, aos comandos de um Peugeot 206 S1600, numa das especiais do Rali de Salento.
Na altura em que foi interrompido, Piero Longhi, colega de equipa de Aghini, liderava a prova, 0.3s na frente do Peugeot de Luca Rossetti, que por sua vez estava classificado à frente de Renato Travaglia, em Fiat Punto S2000. Em 30 anos de história, O Rally del Ciocco foi pela primeira vez visitado pela morte…
retirado de AutoSport
Não há necessidade de acrescentar muito mais. Apenas alertar que todos os cuidados são poucos: a segurança do público e dos concorrentes deve vir sempre em primeiro lugar. Um acidente que deu-se de forma trágica e estúpida ensombrando a prova, mas acima de tudo enlutando uma família.

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Bruno Magalhães entrou a ganhar

O campeão nacional Bruno Magalhães averbou mais uma vitória no Campeonato de Portugal de Ralis ao sair vitorioso da primeira prova – Rali Torrié. Contando com um Peugeot 207 S2000 bem afinado e com as notas de Mário Castro, Bruno cedo deu mostras de querer resolver a contenda a seu favor. Venceu as primeiras especiais e foi somando segundos preciosos. Mas a sua liderança não foi tão avassaladora como na temporada passada, pois os rivais directos numa luta impressionante a espaços averbaram algumas vitórias em troços, embora nunca estivessem verdadeiramente questionado a supremacia da dupla da Peugeot Sport.

O interesse desportivo do rali residiu na luta pelo segundo lugar com três concorrentes a protagonizarem um “despique” à décima de segundo. José Pedro Fontes, Bernardo Sousa e Fernando Peres decidiram animar a prova, e imiscuiram-se numa luta espectacular que aqueceu a prova. O primeira a ficar arredado da luta foi Fernando Peres, pois problemas no diferencial dianteiro do Lancer do Mitsubishi Lancer EVO IX afastou-o do pódio. A luta entre Bernardo e José Pedro Fontes foi digna de um “filme de suspense”. Num jogo ora ganho eu, ora ganhas tu, José Pedro Fontes superiorizou-se na estrada, mas tal e qual reviravolta Hollywoodiana no último parque de assistência o Fiat Punto S2000 recusou-se a pegar e penalizando 10 segundos por atraso, perdeu o segundo lugar, caindo para a terceira posição. A preparação intensiva e os testes de pré-época não foram ainda suficientes para contestar a hegemonia da equipa Peugeot, mas a imagem deixada foi positiva.

A grande surpresa desta temporada chama-se Bernardo Sousa. Não pela rapidez, mas pela capacidade de aliar à mesma, a regularidade, e espectacularidade que no final foi compensado com um segundo lugar, e uma vitória no agrupamento de produção. A ida para a equipa mundial da Red Bull, e a entrada de Carlos Magalhães para a navegação com certeza foram determinantes para a maturidade demonstrada pelo jovem madeirense. Em duas provas (WRC e CPR) dois resultado positivos.

A estreia de Vítor Pascoal com o Peugeot 207 S2000 foi ofuscada pela luta que o antecedia na tabela classificativa. Sem demonstrar o à vontade necessário para discutir os lugares do pódio, foi gradualmente subindo de ritmo e na adaptação da viatura, e nas próximas provas certamente discutirá os lugares cimeiros. A quarta posição final é fruto da regularidade, mas também do aproveitamento dos azares alheios.

Com um Subaru Impreza Spec C ultrapassado da ARC Sport, Adruzilo Lopes mostrou que quem sabe nunca esquece, e “esmifrando” ao máximo a máquina japonesa alcançou um muito positivo 5º lugar. Logo atrás ficou o azarado Fernando Peres, que também mostrou que a maturidade é um posto, demonstrando que se encontra numa fase positiva. Certamente o ritmo competitivo que trás também do campeonato açoreano ajudou, mas há que contar com ele na disputa do campeonato de Promoção.

Nuno Barroso Pereira, acompanhado por Nuno Rodrigues da Silva, levou o Fiat Punto S2000 ao sétimo lugar final, naquela que foi a sua estreia com a viatura em provas de terra. Valter Gomes levou o EVO VIII MR ao último lugar pontuável, mas sem a condução exuberante e efusiva das últimas temporadas - no entanto ainda conseguiu uma vitória numa especial (apesar de ex-aequo com Bernardo Sousa e Bruno Magalhães).

Desta feita sem terminar nos pontos, Pedro Leal e Redwam Cassamo dominaram a seu bel-prazer a classe Diesel. Com prestação muito positiva e imiscuindo-se entre os primeiros, apesar dos argumentos diferentes, levou o Fiat Stilo à nona posição final.

A fechar os dez primeiro, Paulo Antunes e Jorge Amorim, que superiorizaram entre os concorrentes do troféu C2 (o único troféu monomarca do campeonato nacional). Dando continuidade à supremacia que trazia da temporada passada, ofuscou os restantes concorrentes da competição, e ainda venceu a classe A6, na frente de Carlos Matos em Renault Clio S1600. Na segunda posição fo Troféu C2 ficou Carlos Costa, que disputou a posição com Rodrigo Ferreia, superiorizando-o por apenas 6,6 segundos.

Entre os concorrentes que não finalizaram a prova, Pedro Meireles foi o mais azarado, cuja saída de estrada com o Subaru Impreza, embora sem consequências não o permitiu continuar a prova. Para além deste, apenas mais quatro concorrentes abandonaram com problemas mecânicos.

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sexta-feira, março 7

A verdade da mentira

… ou a mentira da verdade. Poucas horas depois de noticiada a presença de Vítor Sá com um Fiat Punto S2000, um comunicado oficial da equipa informava que a viatura que irá disputar o Campeonato da Madeira de Ralis é o Peugeot 207 S2000.

De acordo com os novos dados fornecidos, efectivamente, Vítor Sá testou ambos os carros – Fiat e Peugeot, da Barroso Sport em França. Mas a escolha já vinha desde o final da temporada passada, e recaia decisivamente para o Peugeot. A parceria para 8 provas com a Barroso Sport visa revalidar o título de campeão regional madeirense.

Vitor Sá regressa a uma marca que lhe deixou boas recordações com o modelo 306 Maxi. Para além de títulos regionais, venceu a prova raínha do desporto madeirense: o Rali Vinho Madeira de 2004, com o 306 Maxi preto e vermelho.

Imcompreensivelmente alguns orgãos informativos deram como certo Vitor Sá num Fiat Punto S2000. Alguma má interpretação, fontes mal informadas, equívocos, mudança radical de opinião ou outro factor que desconheço alteraram (ou não) o rumo dos acontecimentos.

Nos ralis as contra-informações também andam depressa. Veja-se o caso da saga MCoutinho. Decidiu efectuar uma pausa, prometendo um ano sabático da própria equipa, deixando o seu piloto das últimas temporadas sem projecto para 2008.

MEX já havia referido, por entrelinhas, que os principais patrocinadores saíram para um rival directo, mas não mencionou nomes. Quem esteve atento nos testes de preparação para o Rali Torrié certamente apercebeu-se que Vitor Pascoal ostentava no seu Peugeot 207 S2000 o patrocínio da MCoutinho e da Mobil. Apesar de não participar directamente no nacional, o Grupo MCoutinho decidiu unir esforços dos três concessionários (Nordeste, Douro e Centro) e viabilizar o projecto do S2000 para Vítor Pascoal, que promete ser ganhador.

Tal e qual novela mexicana as reviravoltas sucedem-se nos ralis portugueses.

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quinta-feira, março 6

Vitor Sá de Punto

Depois de notícias que davam como certa a presença de Vítor Sá no Campeonato da Madeira com um Peugeot 207 S2000, heís que a pouco mais que uma semana do início da temporada, o deca-campeão madeirense optou por tripular um Fiat Grande Punto S2000, na primeira prova – Rali da Camacha.

Alguns dias de testes na França com viaturas da Barroso Sport, nomeadamente dois Peugeot 207 e um Fiat Punto, Vitor Sá considerou que o carro francês não estaria do seu agrado. Tendo em conta a habituação ao Fiat Punto (foi numa viatura destas que venceu o regional da época passada) e as novas evoluções para 2008, esta será a melhor opção para defender o título. Esta temporada, Sá contará com a oposição de Alexandre Camacho, que tripulará um Peugeot 207 S2000, que foi montado pela Peugeot Sport de Carlos Barros.

Certamente este campeonato será um teste de fogo, pois nas últimas temporadas o 207 foi considerado superior ao Punto, pelo que a decisão de Vitor Sá embora surpreendente, poderá revelar algum trunfo.

Por outro lado, a opção Punto terá caracter provisório, uma vez que outras opções estão em aberto.

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quarta-feira, março 5

Programa do Rally de Portugal

A organização do Vodafone Rally de Portugal 2008, a cargo do ACP, divulgou o programa da prova, que este ano integra o Intercontinental Rally Challenge.
Com a saída do WRC, dá-se uma diminuição substancial dos troços, apenas contabilizando 13 especiais de classificação em duas etapas, destacando a saída dos troços de Tavira. O Rali começa na quinta-feira, dia 8 de Março, com uma Super Especial em asfalto no Parque de São Francisco em Faro pelas 18:05, antecedida por uma cerimónia de Partida.
Na Sexta-Feira dá-se a continuidade ao rali com duplas passagem pelos troços de Loulé, Vascão e S.Brás. No último dia o rali segue para este, com os troços de Santana da Serra, Ourique e Almôdovar, serem percorridos por duas vezes. A prova acaba com o pódio no Estádio do Algarve, por volta das 18:00.
Num percurso de 807,38 km, cerca de 30,9 % são de Especiais de Classificação (249,74km).
Como é habitual, o shakedown do rali é na quinta-feira, dia 8, no troço de Vale Judeu (Loulé).
Para mais informações consulte o site oficial.

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terça-feira, março 4

Rally Costa Brava Històric

Decorreu no passado dia fim-de-semana mais uma prova de históricos, o Rally Costa Brava Histórico organizado pelo rallyclassics.org.
No evento compareceram mais de 150 concorrentes, alguns deles bem conhecidos dos ralis internacionais. Sandro Munari em Lancia Stros HF, Jean-Pierre Nicolas em Porsche 911 Gr.4, Mia Bardolet com um Alfa Giulia Super, e também participaram alguns portugueses, como Nuno Rodrigues, João Queiroz, Paulo Grosso e João Rodrigues navegado pelo Filipe Fernandes.

Mas o nome que mais impressionou é o de Hans Babler num Autobianhci. Não é nenhuma lenda do automobilismo, mas o destaque é tão somente pelo facto de ter 84 anos, e estar para as curvas como gente jovem.


O espanhol Babler é pai de Jorge Babler que foi campeão espanhol de Velocidade em 1970. Curiosamente o seu filho teve como navegador Antonio Zanini (o mesmo que andou de Porsche e Talbot e também se sagrou campeão de ralis espanhol). Infelizmente Jorge faleceu em 1990 num acidente de viação, com 43 anos. Hans Blaber desde essa altura participa com regularidade em provas de rally classicos, mostrando que “velhos são os trapos”.


Fotos da Prova (Foro Escala 43/MotorSpain)

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segunda-feira, março 3

Loeb soma mais uma vitória no México

A terceira prova do mundial de ralis, o Rali do México, teve como vencedora a dupla Sebastien Loeb / Daniel Elena em Citroën C4 WRC. Depois de um percalço no shakedown, com o motor danificado e uma saga de troca de motores, parecia que o suspense sobre se a fiabilidade do C4 e a confiança de Loeb marcaria a prova, e seria mais um trunfo para os principais rivais.

O primeiro dia de prova foi dominado por Jari-Matti Latvala, que saindo da terceira posição aproveitava a estrada limpa deixada pelos concorrentes que o precediam. Surpreendentemente e motivado pela vitória na Suécia, Latvala parecia ter tomado o gosto pela vitória, e os concorrentes directos têm razões para se preocupar. Mas no segundo dia, virou-se o feitiço contra o feiticeiro, o mesmo é dizer que Latvala saia na frente do rali, e Loeb com alguns ajustes na suspensão deferiu um forte ataque e assumiu a liderança. Latvala não baixou os braços, e mantinha-se sempre muito próximo até que um problema no tubo do turbo provocou falta de potência, arrecandado-o da luta perdendo mais de dois minutos. Loeb apenas teve que manter o ritmo e levar o Citroën até final para arrecadar a 38ª vitória no mundial.

Outra das surpresas da prova foi protonizada por Chris Atkinson. O piloto da Subaru efectou uma prova muito rápida e segura, andando próximo dos dois homens da frente, mas faltava-lhe sempre um “bocadinho assim”. Aproveitou o azar de Latvala, para subir ao segundo lugar, averbando o seu melhor resultado até ao momento no WRC.O último lugar do pódio para Jari-Matti Latvala, há uns meses atrás parecia um excelente resultado, no entanto, e depois da exibição mexicana, sabe a pouco.

Na quarta posição ficou Mikko Hirvonen que abriu os troços no primeiro dia e foi constantemente batido pelo seu colega de equipa. Nunca esteve em posição de lutar pelo pódio e dois furos no segundo dia no mesmo troço fizeram-no perder ainda mais o tempo e disputar com Henning Solberg até à última especial, a quarta posição. No final, Hirvonen satisfeito por conseguir manter a liderança do mundial, manifestava preocupação por não conseguir imprimir o andamento de Loeb e Latvala. Henning Solberg que defendia as cores da Munchi’s acabou na quinta posição, com alguma frustação, pois um problema num amortecedor não permitiu responder a Hirvonen.

Na sexta posição ficou Matthew Wilson, que somou pontos pela Stobart, enquanto que na sétima posição ficou Federico Villagra no segundo Focus da Munchi’s. O piloto somou dois pontos no mundial, contando com o espírito de sacrifico de Jorge Perez Companc, que efectou grande parte da prova com o dedo partido. A fechar os lugares pontuáveis ficou o mexicano Ricardo Trivino em Peugeot 206 WRC.

Petter Solberg é que não deve achar graça nenhuma, pois o seu lugar de chefe de fila está ameaçado, pelas constantes boas exibições de Atkinson. Problemas de travões e embraiagem levaram ao abandono no segundo dia, mas regressou no SuperRally e ainda deu um ponto à Subaru.

Daniel Sordo voltou às boas exibições… no segundo e terceiro dia de prova, pois na primeira especial do rali danificou a suspensão do C4 e abandonou.

A Suzuki teve uma prova para esquecer, pois Toni Gardemeister e Per-Gunnar Andersson abandonaram com problemas de motor no primeiro dia de prova. Gigi Galli também abandonou após um despiste no primeiro dia, e não foi permitido o seu regresso após constatar que o rollbar não estava preservado na totalidade.

No JWRC Sebastien Oigier fez uma prova impressionante na sua estreia no mundial com o Citroën C2 S1600. O piloto que venceu o troféu C2 francês na temporada passada demonstrou uma maturidade considerável, não dando chance aos adversários, e somando uma vantagem confortável que geriu para os dois restantes dias de prova. O pódio ficou completo com o estónio Jaan Molder e o polaco Michal Kosciuszko, ambos em Suzuki Swift S1600.

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domingo, março 2

WRC no México: Pedras, portas e ‘roll bars’

A exemplo do sucedido o ano passado, alguns pilotos voltaram a ter problemas com os espectadores, nomeadamente Matthew Wilson que durante o segundo dia de prova, na PE 13, viu uma pedra acertar em cheio no seu pára-brisas, não ganhando para o susto. A inconsciência do espectador que fez isto é dramática, mas nas provas de estrada, infelizmente, por vezes sucedem destas “brincadeiras” que podem acabar muito mal. Quem não deverá ficar nada contente é a FIA… (mas dá sempre uma segunda, terceira, quarta, quinta oportunidade... ou seja nada de novo na América do Sul. Será que a chuva de pedras também vigorará no pseudo Dakar).
O acidente de Gigi Galli no primeiro dia resultou em danos para o ‘roll bar’ do seu Focus, facto que não passou incólume aos comissários desportivos, que já se sabe, ao ocntrário de alguns espectadores mexicanos não brincam com a segurança. Assim sendo, o simpático italiano teve de ir mais cedo para casa.
Nota final para o heroísmo de Jorge Companc (irmão do piloto Luís Companc) que decidiu permanecer em prova mesmo com um dedo da mão partido…causado pelo fechar inadvertido duma porta, quando a mão do infeliz navegador ainda lá estava.
Alterado de Autosport

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sábado, março 1

Cinco minutos decisivos

O arranque do Rali do México está definitivamente marcado pela polémica que envolveu Sébastien Loeb ou mais concretamente, o motor do Citroen C4 WRC que sofreu danos ao nível do sistema de gasolina durante o “shakedown”. Depois das primeiras informações onde elementos da equipa deixavam a clara indicação que a equipa não iria ser penalizada pela troca de motor antes do arranque da prova, os Comissários Técnicos da prova chegaram mesmo à conclusão que a mudança da unidade propulsora do C4 incorria no incumprimento do regulamento desportivo do WRC, atribuindo então a penalização de cinco minutos ao piloto francês.
Perante este cenário e mesmo com a possibilidade de apelar da decisão, a equipa Citroen preferiu recuar e anunciar que preferia arranjar o motor danificado e partir com ele para a prova do que arrancar com cinco minutos de penalização. Depois de anunciar a decisão aos comissários técnicos, o C4 foi então novamente inspeccionado e acabou mesmo por ser autorizado a partir com “velho e problemático” motor depois do Delegado Técnico da FIA ter dado a garantia que os selagem do mesmo não tinha sofrido qualquer violação.
A temporada que se calculava desinteressante e dominante por parte de Sebastien Loeb sofre revezes, principalmente por causa da fiabilidade mecânica da viatura. Neste momento a prova até corre de feição a Loeb, que depois de uma luta inicial com Latvala já assumiu a liderança a meio do rali, mas os niveis de confiança na viatura certamente não rondaram os 100%.
Alterado de Autosport

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