quarta-feira, setembro 9

Armindo um piloto de excepção – Parte 1

Os ralis voltaram a ter destaque graças ao feito de Armindo Aráujo, de conquistar o título mundial (provisório) de Produção. Um feito extraordinário, que foi conseguido quando muitos duvidam das suas capacidades.
Armindo nasceu para vencer. Desde os tempos do motocross que demonstrava um espírito verdadeiramente competitivo e alma de campeão. Mas foi nos ralis que obteve notariedade. Em 2000 estreou-se no Rali Montelongo / Fafe num Renault Clio, navegado por Pedro Queirós, e alcançou um surpreendente 2º posto à geral. Na segunda prova, Armindo apostou num Citroën Saxo alugado à Competisport, e venceu o Rali Portas do Rodão. A rapidez não era fruto do acaso, e adquiriu um Saxo: o 66-57-VJ,somando mais 4 vitórias, e sagrando-se campeão nacional de Promoção no ano de estreia.
Começava um ciclo vitorioso impressionante. Em 2001, Armindo Araújo dá o salto para o campeonato nacional de ralis disputando o competitivo Troféu Saxo. Foi neste ano que começou a parceria com Miguel Ramalho. Das 6 provas do troféu venceu quatro e conquistou 2 segundos lugares, somando o segundo troféu em outro tantos anos. A sua prestação não passou despercebida pela equipa oficial Citroën Portugal, que contratou para piloto oficial.
Em 2002, Armindo Araújo tripulou o Citroën Saxo Kit Car dominando de forma impressionante a categoria F3 (2 rodas motrizes 1.600), e acabando no 3º posto do nacional, atrás dos inalcançaveis WRC.
Com a proibição dos WRC nos campeonatos nacionais, Armindo tinha a oportunidade de lutar pelo título nacional. Venceu a sua primeira prova à geral – Casinos da Póvoa de 2003, e somou nova vitória do Rally de Portugal (que não pontuava para o mundial). Surpreendentemente a rivalidade veio de Fernando Peres no “velhinho” Ford Escort Cosworth, que venceu o FCP e nos Açores. Mas a fase de asfalto retirou quaisquer duvidas – Armindo venceu as três últimas provas e somou o primeiro campeonato nacional de ralis. Também ganhou a F3.
Arrancou 2004 com duas vitórias (Casinos da Póvoa e Portugal), mas as vitórias à geral nessa temporada finalizaram aqui. O Citroën Saxo Kit Car tinha um rival à altura, o Peugeot 206 S1600, com Miguel Campos ao volante. O piloto da Peugeot Sport teve uma fase de terra para esquecer, mas venceu as três últimas provas do nacional. Nesse ano Armindo valeu-se da regularidade, e dos valiosos pódios que permitiram somar o segundo título nacional de ralis. Também venceu a F3 e o Grupo de Turismo. Despediu-se da Citroën estreando o C2 S1600 no Rali Casinos do Algarve.

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