sábado, maio 22

WRC Portugal - Loeb e os outros.

O Rally de Portugal regressa à zona sul do pais pela terceira vez. O grande interesse da prova resida na luta pelo mundial de pilotos, que apesar de ter um “Super Loeb”, também teve umas surpresas agradáveis no Rally da Nova Zelândia.
Naturalmente, Sebastien Loeb parte como favorito, e os números falam por si. Seis títulos mundiais consecutivos, já venceu por três vezes esta temporada, e é o único piloto que venceu nas Serras Algarvias com a prova pontuável para o WRC... mas vem de um rally que teve no seu pior e melhor. Estranhamente cometeu três erros que se revelaram fatais nas aspirações a mais uma vitória: depois de um toque numa ponte no primeiro dia, deu uma lição aos restantes e subiu ao primeiro posto no último dia de prova. Estranhamente voltou a cometer novo erro, saindo de estrada e descendo na tabela, novamente recuperou e entrou na ultima especial com pretensões à vitória... mas voltou a errar com um pião, que apenas lhe permitiu ficar com um terceiro posto.
Por outro lado surge um Jari Matti Latvala moralizado com uma vitória “caída do céu” na Nova Zelândia. O finlandês da Ford, não venceu nenhum troço nos Antípodas, no entanto demonstrou maturidade e “sangue frio” para levar o Focus até final e somar a terceira vitória da carreira. Mas não há bela sem senão, pois certamente não se esquecerá o violento acidente do ano passado na prova portuguesa, por muitos considerado um dos maiores de sempre do WRC. Na Ford, há também que contar com Mikko Hirvonen, que desceu do céu ao inferno em poucos meses. Entrou com o pé direito em 2010, pois estreou o Fiesta e venceu no díficil Rally de Monte Carlo, e repetiu a dose na prova inagural do WRC, já com o Focus, dominando Loeb. Quando tudo parecia conjugar-se para uma época memorável, erros e problemas afastaram o piloto dos lugares de topo... e não só, as exibições de Latvala fazem questionar a sua liderança na equipa Ford M-Sport.
Outros dois intervinientes que chegam a Portugal com pretensões à vitória são Sebastien Oigier e Petter Solberg. O piloto da Citroen Junior Team teve muito perto de conseguir a primeira vitória no WRC. Um toque a três curvas do final da últimas especial da Nova Zelândia impediu Oigier de festejar o seu primeiro triunfo, que deverá estar próximo, resta saber se a proximidade será já no próximo fim-de-semana. Do lado de Petter Solberg, os bons resultados deste ano podem ser encarados de duas formas – com as excelentes exibições esta temporada coroada com três pódios, com o“Mr. Hollywood” está em grande e tira pontos aos rivais da Ford M-Sport; mas também está muito próximo dos “colegas” da Citroën, e quer regressar ao topo.
No lote de favoritos apenas falta referir Daniel Sordo. O segundo piloto da Citroen WRT, não atravessa um bom momento, principalmente porque as comparações com Oigier sucedem-se, e os resultados não aparecem... pelo contrário, sucedem-se erros que custam posições, e mais importante preciosos pontos. O espanhol, nas passagens mundialistas pela prova portuguesa, ficou sempre em terceiro, mas também já passou pela liderança. Ele é um dos concorrentes que melhor conhece a prova, pois também já esteve em 2005 com um C2 S1600 e em 2006 como carro zero, com um Xsara da Piedrafita.
O antigo campeão de Fórmula 1, Kimmi Raikkonen, também desempenha papel importante neste Rally de Portugal. “Ice Man” ainda atrai muita comunicação social, não só pela atitude de bad boy, mas também pela frontalidade com que diz as coisas. No aspecto desportivo, e nos ralis, as coisas não começaram bem, com duas prestações desastrosas na Suécia e no México, no entanto, as prestações foram melhorando e já conseguiu pontuar, ficando na frente de pilotos com maior experiência como Federico Villagra e Matthew Wilson.
Para além dos “mundialistas”, temos também o regresso a Portugal do Mads Ostberg no Subaru Impreza WRC, estreia do “show man” Ken Block em Portugal e Jean Marie Cuoq no Peugeot 307 WRC – estreia deste modelo em ralis nacionais. Em WRC também o Henning Solberg, Matthew Wilson, Federico Villagra, Khalid Al Qassimi, Laurent Carbonaro, o Spyros Pavlides, Rene Kuipers e Frigues Turán.

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