segunda-feira, agosto 23

Uns são portugueses, outros são madeirenses e outros...

Rui Pinto elaborou um comunicado muito crítico acerca das tomadas de posições por parte da Organização do Rali Vinho Madeira. Evocando o seu próprio caso e comparando com outras situações ocorridas na prova, não deixou passar em branco a prestação dos organizadores do RVM 2010



COMUNICADO DE RUI PINTO

Gostaria de comentar os factos ocorridos com esta equipa nos Terreiros 1, que são no mínimo caricatos quando pensamos que estamos perante pessoas de bem. No troço Poiso/Chão da Lagoa/Terreiro da Luta, com extensão de 21,77Km. nos apanhamos a equipa nº 20 Burcu Cetinkaya/Cicek Guney, +/- 700mt. após a entrada no Terreiro da Luta, não nos deixando ultrapassar ate ao fim da PEC. Percorremos cerca de 7Km. na sua traseira, nos prejudicando no nosso desempenho, perdendo preciosos 45 segundos, em relação a nossa 2ª passagem por este mesmo troço. Sendo de conhecimento geral, foi transmitido imagens em directo pela RTPM do sucedido, não deixando qualquer duvida, inclusive pelo tempo averbado na nossa 2ª passagem 14,09,4 conta os 14,48,8 da 1ª. Como obvio este prejuízo sem qualquer tipo de culpa da equipa, mas sim por falta de desportivismo da outra equipa, e digo falta de desportivismo por que não foi 200mt./400mt. mas sim cerca de 7Km. sem nunca nos deixar passar, sendo estas ate chamadas a atenção pelos espectadores de havia um concorrente atrás. No fim da 1ª etapa achamos por bem fazer uma exposição por escrito ao Director de Prova, na qual foi recepcionada em documento duplicado pelo relação com os concorrentes. No sábado quando nos dirigia-mos para o CHC do parque fechado fomos abordados pelo Director de Prova (Dr. Pedro Araújo) que nos informou o seguinte: “Lamentamos mas não podemos fazer NADA sobre o sucedido, vi as imagens na TV, recepcionei a tua carta, mas os regulamentos não permitem rever situações do género, não podemos penalizar a concorrente, isto não é como na Formula 1”. Entretanto não tivemos mais tempo para falar porque chegou ao meu tempo ideal para controlar, e o assunto morreu desta maneira, nem ate hoje recebi qualquer esclarecimento por escrito, sim, porque acho que é a maneira mais airosa de não deixar rasto é não escrever, porque assim não fica nada registado dos disparates que cometem. A verdade é que não necessitei da revisão deste contratempo, mas foi por conhecer estas pessoas como agem, a razão de andar sempre a fundo para poder recuperar o tempo perdido no episodio da turca, e não necessitar de favores alheios! Para os que não tem conhecimento foi solicitado pelo Dr. Pedro Araújo, um BREENFING onde só esteve equipas MADEIRENSES para esclarecimentos, na qual o Dr. Pedro Araújo entre vários pontos fez questão de mencionar “que o colégio de comissários teria autonomia e poderes para rever qualquer situação anómala, para que esta não prejudica-se a verdade desportiva das equipas concorrentes”. O meu episodio esta contado, e agora passo a contar um outro, com procedimentos totalmente diferentes do meu:

1. O piloto Victor Pascoal nº 10 na 2º passagem no troço dos Terreiros parou para ajudar o piloto Bernardo Sousa quando o seu carro incendiava, e depois seguiu o percurso, terminando a PEC, sendo-lhe averbado o tempo real do troço, e ate aqui tudo bem. Estranho é que depois deste episodio foi-lhe atribuído a este piloto Victor Pascoal, o tempo da 1ª passagem, 14,37,9, e não o tempo real da passagem que ficou prejudicado quando de livre vontade ajudou e muito bem o piloto que necessitava, tendo a organização da prova através do colégio de comissários revisto o seu tempo não o prejudicando o piloto perante esta atitude de desportivismo. (esta revisão não consta nos regulamentos, mas o colégio de comissários é soberano para tal)

2. O acidente com o piloto Luca Rosseti no troço Santana 2, ficou interdito a partir do piloto Victor Pascoal que fez o tempo de 9,16,0. o regulamento diz que o tempo a atribuir aos outros pilotos, deverá ser o tempo do ultimo concorrente que passou em situações normais, (que seria o deste piloto) e não veio a se verificar , porque foi atribuídos 2 tempos diferentes a 2 lotes de pilotos, Victor Sá, Miguel Nunes 8,53,5, e aos restantes 9,06,0 exceptuando a Victor Pascoal e Marco Tempesti que fizeram superior a estes. ( uma vez mais o colégio de comissários foi soberano não prejudicando a verdade desportiva dos pilotos)

Então como é que é…uns são filhos de Deus e outros do diabo…também existe preferências nos Rallys? Poderia alongar-me nas palavras, mas prefiro dar por terminado, porque será melhor!!! Para terminar concluo que temos dois pesos e duas medidas, também verifica-se que ser Português é diferente de ser Madeirense….

Fonte: Press-Release Rui Pinto, publicado no RalisMadeira

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