domingo, abril 3

Vila do Bispo: E para não variar... deu Teodósio

A história do Rali de Vila do Bispo começa com com o domínio de Teodósio, mas foi a luta pela segunda posição que centrou todas as atenções, com um pequeno David (leia-se Saxo) a bater vários Golias (diga-se Mitsubishi EVO).

A prova de abertura do regional sul de 2011, disputada em terrenos circundantes a Vila do Bispo, manteve a tendência do ano transacto. O campeão, Ricardo Teodósio, teve a seu lado Miguel Mendes, e mesmo com um Mitsubishi menos competitivo que a demais concorrência, superiorizou-se de forma incontestável nas cinco especiais que compunham a prova. E a descrição da luta pela vitória fica-se por aqui.
Logo atrás é que surgia uma animada luta que durou até final. À segunda especial, cinco concorrentes surgiam separados por 2 segundos. A saber, Márcio Marreiros, Orlando Bule, Luís Mota, Carlos Martins, todos em Mitsubishi, e Daniel Nunes que surpreendia com o Citroën Saxo. À especial 3, Orlando Bule, que tinha rubricado um segundo tempo na especial de Vila do Bispo1, começa a debater-se com alguns problemas no Mitsubishi e perde o contacto com os adversários directos. Após o final desta especial, Carlos Martins abandonava e deixava a luta confinada a três protagonistas.
Depois de uma passagem pelo Parque de Assistências, a fica um “tête-à-tête”, entre Daniel Nunes e Luís Mota, com o primeiro a superiorizar-se por uma décima de segundo, pois Márcio Marreiros, com problemas de transmissão, perde algum tempo na segunda ronda, e resigna-se ao quarto posto. E tudo ficaria decidiu na última especial, quando Luís Mota não consegue aguentar o ritmo de Daniel Nunes, que mesmo sem o seu habitual EVO 6, confiou no Saxo para conquistar o segundo posto, e a vitória na Divisão I. Há muito, que o regional não via uma viatura de duas rodas motrizes efectuar tão brilhante prestação. Luís Mota teve que contentar-se com o terceiro posto, mesmo assim, um resultado muito positivo.
Problemas com a caixa de velocidades condicionaram a prova de Gil Antunes e Ricardo Barreto, que acabaram no quinto posto. No entanto, a equipa do Opel Astra rubricou um segundo tempo na última especial do rali, um indicador muito positivo, tendo em conta a luta ao rubro entre os concorrentes à sua frente.
Outra disputa interessante foi protagonizada por Jorge Baptista e António Lampreia pelo sexto lugar. A estrear o Mitsubishi Lancer EVO VI, Jorge Baptista e Edgar Gonçalves, tiveram uma adaptação francamente positiva, e para além de bons tempos, também deram espectáculo ao público presente. Envolveram-se, com o piloto do Ford Escort Cosworth, numa animada luta, e foi apenas na última especial que Lampreia “roubou” a sexta posição por sete décimas (0,7 segundos).
No oitavo posto terminou a equipa Luís Nunes / Nelson Ramos em Mitsubishi Lancer EVO VI, seguidos das duas duplas que participaram com BMW 325 IX - José Carlos Paté/José Gago e Nuno Venâncio/André Barras.
Descendo um pouco na tabela encontramos outra luta interessante na Divisão I, entre João Rodrigues em VW Golf GTi, e Marco Gonçalves num Peugeot 306, que terminaram separados por 0,3 segundos. Luís Reis e Marco António terminaram na 17ª posição, vencendo a classe III, com o Renault 11 Turbo. A fechar o lote de concorrentes que finalizaram o rali, a equipa Nirce Araújo/Paula Vieira, que tiveram em ritmo de aprendizagem, e venceram a categoria reservada às equipas femininas.
Infelizmente, as coisas não correram da melhor forma para nove concorrentes que não lograram finalizar. Entre eles, Carlos Martins e Aníbal Martins que abandonaram após a especial 3. João Monteiro abandonou na primeira especial do dia com problemas no Lancia Delta Integrale, enquanto que Nuno Pinto depois de ter partido uma transmissão na Super Especial, viu a caixa ceder anda no ínício da PE2. Ruben Tabaio abandonou com uma transmissão partida no Ford Escort, e Pedro Lança debruçou-se com inúmeros problemas de travões no Citroën Saxo. Um dado final para o despiste de Marco Ferreira e João Mateus, depois da tomada de tempos da especial 3, que deixaram o Peugeot 106 com “nova aerodinâmica”.
Foi um arranque de campeonato positivo, no entanto, tem um interregno de quase cinco meses, pois só regressa em Setembro, com o Rali de Serpa.

RESULTADOS FINAIS

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