sexta-feira, setembro 9

Algarve Historic Festival: Optimismo às doses

A um mês do encerramento do prazo de inscrições – a 7 de Outubro, o III Historic Festival no Algarve regista mais de 250 participantes e com a garantia de ultrapassar os 320 inscritos, naquele que é um dos quatro maiores eventos de automobilismo histórico na Europa, fora do Reino Unido.

De 20 a 23 de Outubro, este evento histórico no Autódromo Internacional do Algarve (AIA) será, de novo, o mais importante na Península Ibérica, com 21 corridas de 20 diferentes categorias de carros.

É igualmente uma oportunidade para os pilotos ibéricos competirem com pilotos europeus, em particular na categoria Single Seaters – Formulas Ford, V, Vauxhall Jr e F 1430.

Outra prova espectacular vai ser o Sir Stirling Moss Trophy, carros desportivos dos anos 50 numa corrida com troca de pilotos reabastecimento e onde já estão inscritos mais de 35 máquinas: Lotus XI, XV e XVII; Cooper Monaco e Bobtail; Astron Martin BDR1, 2 e 3; Elva MkV; Lister Jaguar; Triumph TR2; e Lotus Elan (classe para convidados).

Groups 1, 2, 4 e A PRE-1986 é uma corrida também ideal para os pilotos ibéricos, numa prova de 60 minutos para um ou dois pilotos, carros com pneus slick. Podem correr todos os carros do Campeonato Nacional, como os Porsche e Escort e onde estão inscritos modelos como Ford Capri; BMW CSL; Jaguar XJ12; Datsun 240Z.

PRE-1966 U2TC, corrida de 60 minutos para um ou dois pilotos e carros com pneus radiais com piso da época, e os 1000km Pre-1972 Prototypes, corrida de 1h 45 minutos para um ou dois pilotos com reabastecimento, para sport protótipos construídos até 31 Dezembro 1971, são outras duas provas ao alcance dos pilotos portugueses e espanhóis.

Caso único no desporto mundial Como vem acontecendo há uma década, o automobilismo histórico é um caso único no universo do desporto mundial, registando notável crescimento dos seus eventos em número, relevância e retorno internacional, e na quantidade de participantes, em contra ciclo com as demais actividades, que têm sentido o peso do estado da economia.

Pelo mais elevado nível sócio-económico-profissional dos seus praticantes (concorrentes e pilotos/proprietários dos automóveis) os Historic Festival têm vindo a proliferar em toda a Europa e na América do Norte.

Com mais de 450 pilotos de mais de 23 nacionalidades ao volante de uns 320 carros históricos, a “população residente” do paddock do AIA superará as 1200 pessoas, não contando com o pessoal de organização (mais de 300 pessoas). Cerca de 80 por cento destes participantes, equipas, parceiros, amigos, familiares, são estrangeiros de mais de 23 nacionalidades.

Trata-se assim de uma fonte de receita considerável para o turismo regional, nomeadamente em unidades hoteleiras, restauração e empresas de serviços, desde o Aeroporto de Faro – que receberá um adicional de umas 800 entradas e saídas – até às rent-a-car.

O AHF é um museu dinâmico da história do automóvel com a beleza das grandes máquinas do passado distante ou próximo, desde um Bentley 3 litre Blower de 1923 ou um JAP Morgan de 1929 de três rodas movido por um motor circular, Jaguar ou Aston Martin dos anos 1950, até aos carros das 24 Horas de Le Mans, como os imbatíveis Mercedes C11 ou os Jaguar XJR11 ou os Lancia LC2 ou os Porsche, o espectador terá de tudo, inclusive, pela primeira vez nos últimos 30 anos em Portugal, carros de Fórmula 2 e de Fórmula 3.

Grande atracção será o Campeonato do Mundo FIA de Fórmula 1 com carros de 1970 e 1986.

Tudo isto ali no paddock, à disposição para o espectador tocar, ver de perto, conversar com pilotos e chefes de equipa, sem as restrições das provas modernas. Um ou outro poderá, até, experimentar sentar-se num destas preciosas máquinas. Um espectáculo diferente de um Historic Festival.

Finalmente, e pela primeira vez, o AIA e o AHF foram escolhidos pelo CIAPGPF1-Grand Prix Drivers Club para sediar a sua reunião anual e Assembleia Geral, o que implica a presença de grandes nomes da Fórmula 1, como Sir Stirling Moss, Richard Attwood, Maria Teresa de Filippis – a primeira mulher a pilotar um F1 – Tony Brooks, Nanni Galli, Patrick Tambay, Mário de Araújo Cabral e Pedro Lamy, entre outros, darão ainda mais renome ao novo Drivers Club do AHF, às sessões de autógrafos no paddock e ao desfile de domingo na pista.

publicado em Sportmotores

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